DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve duas alterações feitas pelo Congresso na medida provisória que liberou o plantio de soja transgênica neste ano que desagradaram à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Ontem Lula sancionou o projeto de conversão da medida provisória em lei com apenas um veto. O ponto excluído do texto aprovado no Congresso não fazia parte das reivindicações do Ministério do Meio Ambiente.
Os dois artigos que Marina gostaria de excluir, o 13 e o 14, ficaram intactos. O artigo 13 isenta os produtores que plantaram soja modificada antes de 2003 de punições.
Já artigo 14 libera as empresas de sementes, como a Monsanto (dona da tecnologia da soja transgênica) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a multiplicarem os grãos geneticamente modificados de soja em escala comercial.
De acordo com a lei sancionada, as sementes multiplicadas não poderão ser comercializadas enquanto o plantio de soja transgênica não for liberado.

Fogo
A Polícia Federal gaúcha constatou ter sido intencional o incêndio que no dia 8 de novembro destruiu o laboratório de pesquisa de transgênicos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre.
A conclusão se deve a laudos que indicam haver três origens para o incêndio, caindo, então, a primeira hipótese, de que teria ocorrido um curto-circuito.
De acordo com a UFRGS, os prejuízos foram de cerca de R$ 2,9 milhões, apenas em pesquisas e equipamentos perdidos -segundo Giancarlo Pasquali, professor do Laboratório de Biologia Molecular de Plantas da UFRGS. A pesquisa tinha finalidade acadêmica. Não havia seguro para o material.
Foram destruídos equipamentos como um sequenciador de DNA, avaliado em cerca de R$ 430 mil, e uma incubadora de plantas (avaliada em R$ 4.500).
A PF trabalha com a hipótese de que o laboratório foi destruído porque trabalhava com transgênicos. Não sabe ainda, porém, quem teria sido o autor.