|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INDÚSTRIA
Em 11 das 12 regiões pesquisadas, houve alta em novembro de 2002
Agro e petróleo puxam produção
BONANÇA MOUTEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
Empurrada pela extração de petróleo, o crescimento das exportações e a agroindústria, a produção
industrial cresceu em 11 dos 12 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em novembro de 2002
na comparação com o mesmo
mês de 2001. Apenas Santa Catarina registrou retração (3,5%).
A indústria brasileira geral cresceu 4,6%, mas a performance no
ano ainda é modesta: aumento de
2,1% entre janeiro e novembro do
ano passado e 1,4% nos 12 meses
terminados em novembro.
De acordo com os dados do
IBGE divulgados ontem na Pesquisa Industrial Mensal Regional,
São Paulo manteve o fôlego observado em outubro, ao ampliar a
produção em 1,4%. No acumulado do ano, porém, o volume produzido pelo maior parque industrial do país encolheu 1,8% e, nos
últimos 12 meses, 2,2%.
Mariana Martins Rebouças, gerente de análise do Departamento
de Indústria do IBGE, disse que a
indústria paulista foi sustentada
pelo incremento das vendas do
setor automobilístico observado
entre outubro e novembro.
"Foi um movimento com características de migração de ativos financeiros para ativos reais", afirmou. Nos primeiros meses do
ano, o mercado esteve praticamente parado.
Espírito Santo teve um crescimento destacado: 38,9% em novembro. Segundo Rebouças, a entrada em operação de um grande
campo petrolífero fez disparar a
produção capixaba.
No acumulado do ano, o crescimento do Espírito Santo chega a
11,3%, praticamente empatando
com o Estado do Rio, que soma
11,2% no período.
Em novembro, porém, o desempenho do Rio foi mais modesto: 6,4%, também baseado na
indústria petrolífera.
Rebouças disse que a indústria
vem sendo favorecida por um
movimento simultâneo de substituição de importações e maior volume de exportações.
"O aumento da produção da indústria petrolífera e de alguns setores como papel e celulose confirmam essa tendência [de substituição de importações"."
O economista-chefe da Sul
América Investimentos, Newton
Rosa, disse, porém, que não vê
sustentação no crescimento da indústria. Em sua avaliação, o aumento dos juros e a queda do rendimento dos consumidores já influenciaram as vendas de final de
ano.
Ele prevê ainda arrefecimento
das exportações por conta da redução nas vendas de produtos
agrícolas.
Texto Anterior: Opinião Econômica - Gesner Oliveira: Reforçar a defesa comercial Próximo Texto: Panorâmica - Golpes nos EUA: Corretor pega 7 anos de prisão por fraude Índice
|