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São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 2003
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Estimativas iniciais Começam as estimativas de produção de café para este ano. Como sempre, são bastante desencontradas e vão de 28 milhões a 35 milhões de sacas. Uma empresa, cujas previsões causaram muito barulho no ano passado, mas que no final do ano se mostraram corretas, diz que uma coisa é certa: a safra de arábica deste ano cai pela metade. Dados da Comexim A Comexim, outra exportadora com tradição nas previsões de safra -e que também tem acertado- já fez o levantamento para este ano e prevê uma safra de 32,45 milhões de sacas, com queda de 32,5% em relação à produção de 2002/3. Queda generalizada Minas Gerais mantém a liderança na produção, mas é o Estado que terá a maior queda de safra. Nos cálculos da Comexim, a safra mineira cai de 24,75 milhões de sacas em 2002/3 para 14 milhões em 2003/4. A redução será de 43,4%. A região sul do Estado terá a maior queda, de 45,4%. A safra recua para 7,5 milhões de sacas. Arábica cai mais Segundo a Comexim, a safra de café arábica recua para 23,2 milhões de sacas neste ano, com redução de 38,3%. Já a de conillon cai para 9,25 milhões de sacas, com recuo de 11,9%. O Estado do Espírito Santo, tradicional produtor de conillon, deverá ter uma safra de 7,75 milhões sacas. Queda em São Paulo A safra paulista de café deverá recuar 40%, para 3 milhões de sacas. No Paraná, Estado que está saindo de uma queda histórica de produção devido a geadas, a safra sobe para 2,2 milhões de sacas. Na Bahia cai para 1,95 milhão, e em Rondônia sobe para 2,55 milhões. Troca de mão Os dados de intenção de plantio da Sparks mostraram que parte dos produtores norte-americanos vai trocar a soja pelo milho. A área de milho deverá subir para 33 milhões de hectares, 18% mais do que no ano passado. Produtividade maior e subsídios governamentais atraem os produtores. Menos soja A área de soja recua para 29,4 milhões de hectares, 2% a menos que na safra anterior. Bom para os brasileiros, que terão mais espaço no mercado internacional. Seneri Paludo, da Agência Rural, diz que os dados de intenção de plantio e os rumores de novas compras da China impulsionaram os preços da soja ontem em Chicago. Aumento real Os salários rurais, em geral, tiveram uma evolução positiva no período de 1995 a 2000, diz estudo de Maria Carlota Meloni, pesquisadora do IEA. O ganho real dos mensalistas foi de 2,27% ao ano. Já os tratoristas tiveram reajuste real de 1,28%. Quem tem pagamento diário, no entanto, teve queda real no valor recebido no período. De olho no Chile Agora é a Rússia que quer um acordo comercial com o Chile, país que acaba de fazer acertos com os EUA e com a União Européia. O Chile pode ser uma porta para a Rússia na América Latina, dizem os russos. E o Brasil continua perdendo espaço. Milho no RS A Emater/RS diz que as primeiras colheitas de milho rendem 3.600 quilos por hectare, uma produção boa em vista dos problemas climáticos vividos por essa cultura no início da safra. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bovespa segue Bolsas internacionais e cai Próximo Texto: Vizinho em crise: Fim de crise depende da Argentina, diz FMI Índice |
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