DA REPORTAGEM LOCAL

A alta da cotação do algodão no final do segundo semestre do ano passado- o preço por arroba (15 quilos) atingiu R$ 62-ainda não foi repassado para o consumidor de vestuário, na avaliação de Paulo Skaf, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil).
Com relação à eventual falta da matéria-prima no mercado, Skaf afirmou que ainda é cedo para prever o impacto no preço dos produtos têxteis, mas, para ele, um aumento não é desejável nem pela indústria, nem pelo varejo. "Não prevemos retração no setor", disse.
Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP, porém, o cenário para o setor têxtil é apertado para 2003, apesar de uma perspectiva de redução na demanda da matéria-prima. Boa parte das fábricas alega que os estoques de roupas e outros produtos já está elevado, o que permite que os estoques de matéria-prima, apesar de pequenos, sejam suficientes para esperar a entrada da nova safra. "O mercado está desaquecido. As indústrias encontram dificuldades para importar por causa da impossibilidade de repassar as altas das últimas compras de algodão em pluma", disse Augusto Gameiro, do Cepea.


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