São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

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Americano é acusado de fraude de US$ 8 bi em venda de títulos

DA REDAÇÃO

O bilionário americano Robert Allen Stanford, presidente do Stanford Financial Group, foi acusado ontem pela SEC (a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos) de realizar uma fraude "pesada" na comercialização de cerca de US$ 8 bilhões de certificados de depósito de alto rendimento.
Segundo a SEC, Stanford e dois colegas mentiram para os clientes sobre o desempenho da empresa nos últimos anos e sobre como o dinheiro estava sendo investido. Ainda de acordo com a agência norte-americana, a instituição prometia aos investidores retornos "improváveis, quando não impossíveis", frequentemente muito maiores do que os oferecidos pelos concorrentes.
A empresa teria afirmado ainda a seus clientes que as aplicações estavam seguras, investidas em títulos que poderiam ser vendidos facilmente, mas, na verdade, disse a SEC, o dinheiro foi usado em ativos do mercado imobiliário e de "private equity".
As companhias de Stanford teriam mentido também que seus investimentos eram monitorados por mais de 20 analistas e submetidos a auditorias anuais pelas autoridades de Antígua, no Caribe, onde o banco tinha filial. Na realidade, segundo a SEC, a maior parte dos investimentos só passava por Stanford e um colega.
A SEC disse que US$ 400 mil da instituição foram investidos com Bernard Madoff (o norte-americano acusado de um esquema fraudulento de US$ 50 bilhões), o que as empresas de Stanford negavam ainda recentemente para os seus clientes.
"Nós estamos alegando uma fraude de magnitude surpreendente e que espalhou seus tentáculos por todo o mundo", afirmou Rose Romero, diretora da SEC.
A agência americana acusou Stanford ainda de fraude relacionada com a comercialização de uma programa de fundos mútuos que contava com mais de US$ 1,2 bilhão em ativos, além da denúncia ligada à venda de cerca de US$ 8 bilhões em certificados de depósitos.


Com o "New York Times" e agências internacionais


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