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Americano é acusado de fraude de US$ 8 bi em venda de títulos
DA REDAÇÃO
O bilionário americano Robert Allen Stanford, presidente
do Stanford Financial Group,
foi acusado ontem pela SEC (a
comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos) de
realizar uma fraude "pesada"
na comercialização de cerca de
US$ 8 bilhões de certificados de
depósito de alto rendimento.
Segundo a SEC, Stanford e
dois colegas mentiram para os
clientes sobre o desempenho
da empresa nos últimos anos e
sobre como o dinheiro estava
sendo investido. Ainda de acordo com a agência norte-americana, a instituição prometia aos
investidores retornos "improváveis, quando não impossíveis", frequentemente muito
maiores do que os oferecidos
pelos concorrentes.
A empresa teria afirmado
ainda a seus clientes que as
aplicações estavam seguras, investidas em títulos que poderiam ser vendidos facilmente,
mas, na verdade, disse a SEC, o
dinheiro foi usado em ativos do
mercado imobiliário e de "private equity".
As companhias de Stanford
teriam mentido também que
seus investimentos eram monitorados por mais de 20 analistas e submetidos a auditorias
anuais pelas autoridades de
Antígua, no Caribe, onde o banco tinha filial. Na realidade, segundo a SEC, a maior parte dos
investimentos só passava por
Stanford e um colega.
A SEC disse que US$ 400 mil
da instituição foram investidos
com Bernard Madoff (o norte-americano acusado de um esquema fraudulento de US$ 50
bilhões), o que as empresas de
Stanford negavam ainda recentemente para os seus clientes.
"Nós estamos alegando uma
fraude de magnitude surpreendente e que espalhou seus tentáculos por todo o mundo",
afirmou Rose Romero, diretora
da SEC.
A agência americana acusou
Stanford ainda de fraude relacionada com a comercialização
de uma programa de fundos
mútuos que contava com mais
de US$ 1,2 bilhão em ativos,
além da denúncia ligada à venda de cerca de US$ 8 bilhões em
certificados de depósitos.
Com o "New York Times" e agências internacionais
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