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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Espanhola fomenta setor ferroviário no país
Em 1º de março, a fábrica espanhola CAF, recém-chegada
ao Brasil, fará testes nos primeiros trens feitos em solo brasileiro. A nova unidade dá fôlego ao setor que vinha retomando a produção no país, até a crise. Em 2009, foram encomendados apenas mil vagões de carga, enquanto no ano anterior o
total havia sido de 7.249 vagões.
Em 2010, já são 2.000 em
carteira. A partir de abril, a cada
mês, quatro ou cinco novos
trens serão entregues em São
Paulo ao Metrô e à CPTM.
Em março ainda, haverá nova licitação para contratação de
26 trens para a Linha 5 do Metrô. Boa parte deles sairá dos
galpões da CAF.
A fabricante espanhola, especializada no transporte de passageiros, venceu quatro licitações (três na CPTM e uma no
Metrô) e, para atender às encomendas, em menos de um ano,
colocou em funcionamento nova planta em Hortolândia (SP).
A decisão de investir R$ 170
milhões, de capital próprio, em
uma nova unidade ocorreu em
plena crise, lembra o diretor
Paulo Fontenelle.
"O investimento de R$ 21 bilhões é o maior [do gênero] no
mundo", diz Fontenelle, sobre
o aumento da frota feito pelo
governo paulista.
Pelos galpões em Hortolândia, um idioma comum é o
"portunhol", dos funcionários
das fábricas do País Basco que
circulam entre os trabalhadores brasileiros.
A companhia faz 17 trens para o Metrô e 40 para a CPTM.
Quase cem trens do Metrô serão reformados, principalmente pela Bombardier.
RECEITA DE
SEGURO
A receita do setor de seguros, incluindo capitalização, previdência e resseguros, bateu nos R$ 100
bilhões no ano passado. O
crescimento foi de 16%,
incluindo os dados das
resseguradoras locais de
2009, segundo a Susep.
"O consumidor está, cada vez mais, conhecendo
os benefícios dos seguros,
não somente na hora de
proteger o carro mas também quando pensa no futuro e contrata um VGBL
[Vida Gerador de Benefício Livre], um seguro para
a casa ou um seguro de vida", afirma Armando Vergílio, superintendente da
Susep. Os novos produtos
de previdência, como
PrevSaúde e PrevEducação, e os microsseguros
devem impulsionar o
mercado nos próximos
anos, diz Vergílio.
Decisão do TRT beneficia Brasil Foods
O Tribunal Regional do
Trabalho da 12ª Região
(Santa Catarina) suspendeu decisão da Justiça do
Trabalho que determinava
à Brasil Foods, que resultou da união entre Perdigão e Sadia, a concessão,
na unidade de Capinzal, de
intervalos de oito minutos
a cada 52 minutos de trabalho, proibição à prorrogação de jornada e fixação
de multa por descumprimento. Decisão anterior
da juíza do Trabalho Lisiane Vieira determinava que
a companhia não exigisse
horas extras, observasse
normas de saúde e segurança e informasse ao Ministério da Previdência o
número de portadores de
doenças ocupacionais.
PARA BRINDAR
Na esteira da expansão do país, a Cooperativa Vinícola Aurora espera acompanhar o
crescimento, com foco
no aumento do consumo de vinhos no mercado interno, segundo
Alem Guerra, diretor-geral da empresa.
"O aumento da renda
per capita, como a que
ocorre na região Nordeste, principalmente
nas classes C e D, representa grande potencial de crescimento de
mercado", diz Guerra.
O entrave a ser enfrentado pelo setor vitivinícola, alerta Guerra,
é o peso da alta carga
tributária, de cerca de
52% no produto final.
Com o objetivo de incrementar a participação no mercado interno, a Vinícola Aurora
vai investir R$ 7 milhões neste ano na ampliação da capacidade
de produção de espumantes, vinhos finos e
suco de uva.
No ano passado, a
empresa faturou R$
202 milhões, com crescimento de 30% em relação a 2008. As vendas
de vinhos finos da vinícola aumentaram 25%.
Já a comercialização
de espumantes cresceu
27% -acima do registrado pela média do
mercado, que teve incremento de 18% no
ano passado.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FÁTIMA FERNANDES
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