São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Greve dos fiscais
A paralisação dos fiscais federais agropecuários continua causando transtornos nos portos e impedindo a saída de produtos. Alguns frigoríficos interromperam o abate devido às dificuldades de escoamento da carne. Há notícias que a ordem no governo é "endurecer". Os fiscais querem 30% de reajuste, e o governo oferece de 4% a 20%.

Arroz aquecido
O aumento de procura por arroz interrompeu o período de queda do produto no Rio Grande do Sul. Ontem, a saca do arroz em casca chegou a ser negociada a R$ 31,50. Com a entrada da safra -e oferta maior-, os preços estavam em queda, e chegaram a cair para R$ 30 por saca.

Saindo do fundo
A procura maior por carne de frango permitiu uma elevação nos preços praticados no Estado de São Paulo ontem. O quilo de ave viva subiu para R$ 1,25 nas granjas paulistas, com alta de 4,2% sobre o valor da semana passada. Há um ano, os avicultores recebiam R$ 1,45. A carne suína também subiu ontem, para até R$ 44 a arroba.

Avanço com gastos
Se os produtores vão obter bons preços neste ano, principalmente com a soja, vão gastar muito também com adubos e fertilizantes. Importações maiores e elevação de preços fizeram os gastos diários de importações subirem para US$ 9,8 milhões em março, 82% a mais do que em 2003.

Queda forte
A CNA divulgou ontem os dados mais pessimistas para a soja. A safra ficará em apenas 51,5 milhões de toneladas, 6,1 milhões abaixo das previsões iniciais.

Não foi ontem
O mercado esperava que a soja rompesse a barreira dos US$ 10 por bushel ontem no contrato de maio em Chicago. Chegou perto: US$ 9,99, mas fechou em US$ 9,94, com alta de 0,51%. À espera de preços melhores, os vendedores estão retraídos.

Perdas elevadas
Cálculos da Céleres, de Uberlândia (MG), indicam que as perdas com a quebra na safra de soja poderão atingir US$ 2,5 bilhões (R$ 7,3 bilhões). Esses gastos somam a quebra de safra e os gastos que os produtores tiveram com o combate à ferrugem asiática.

Transferências
Só o tratamento da ferrugem pode ter custado US$ 1,1 bilhão (R$ 3,2 bi) aos produtores. Esse dinheiro foi uma transferência de renda dos produtores para as indústrias de defensivos, prestadores de serviços, combustíveis etc., dizem os técnicos da Céleres.

Onde crescer
Encontro realizado pelo Cepea com a cadeia de leite mostrou que o crescimento do consumo deve ocorrer mais nos consumidores "leves", os que consomem menos. Apesar do aumento do desemprego e da queda de renda, o consumo de leite fluído aumentou 4% em 2003.

Importações menores
As importações de leite têm forte recuo neste ano em relação a 2003, conforme dados da Secex. Nas duas primeiras semanas deste mês, os gastos médios diários foram de US$ 943 mil, 76% menos do que no ano passado.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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