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"Críticas vêm do "dark side" do mercado"
DA REPORTAGEM LOCAL
O superintendente afastado da Susep, Renê Garcia, diz que fazem parte do
"dark side" (lado negro) do
mercado as empresas que
criticam o prazo de três
anos para aumentar fortemente o capital.
Seu atual substituto,
João Marcelo Máximo dos
Santos, diz que "o prazo foi
discutido". "As empresas
participaram da discussão.
Estamos há mais de um
ano discutindo isso individualmente com cada uma.
Cada empresa aqui vendo
quanto de capital vai precisar. O prazo é o possível."
Na verdade, as empresas
só puderam saber quanto
de capital vão precisar a
partir da publicação das
medidas, em 29 de dezembro, e nem todas foram ouvidas "individualmente".
Garcia afirma que os
que criticam o prazo de
três anos estão "mal-intencionados". "Se formos
seguir os procedimentos
básicos da União Européia, vamos ver que as necessidades de capital seriam muito maiores do
que é hoje. Essa é uma argumentação de quem está
no "dark side" da história."
Garcia diz que o prazo
de três anos é "compatível
com a abertura do mercado de resseguros" -a partir da quebra do monopólio do estatal IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), que funciona como
uma espécie de "seguradora das seguradoras".
Já Santos diz que a
"idéia é fortalecer o mercado". "Exigir mais responsabilidade e planejamento de risco em cada
operação. São medidas
adotadas tardiamente."
"Tem um processo de
consolidação, sim, e temos
de fazer caminhar da forma mais tranqüila possível. Mas não podemos nos
furtar por um medo de
eventual concentração."
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