São Paulo, domingo, 18 de março de 2007

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"Críticas vêm do "dark side" do mercado"

DA REPORTAGEM LOCAL

O superintendente afastado da Susep, Renê Garcia, diz que fazem parte do "dark side" (lado negro) do mercado as empresas que criticam o prazo de três anos para aumentar fortemente o capital.
Seu atual substituto, João Marcelo Máximo dos Santos, diz que "o prazo foi discutido". "As empresas participaram da discussão. Estamos há mais de um ano discutindo isso individualmente com cada uma. Cada empresa aqui vendo quanto de capital vai precisar. O prazo é o possível."
Na verdade, as empresas só puderam saber quanto de capital vão precisar a partir da publicação das medidas, em 29 de dezembro, e nem todas foram ouvidas "individualmente".
Garcia afirma que os que criticam o prazo de três anos estão "mal-intencionados". "Se formos seguir os procedimentos básicos da União Européia, vamos ver que as necessidades de capital seriam muito maiores do que é hoje. Essa é uma argumentação de quem está no "dark side" da história."
Garcia diz que o prazo de três anos é "compatível com a abertura do mercado de resseguros" -a partir da quebra do monopólio do estatal IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), que funciona como uma espécie de "seguradora das seguradoras".
Já Santos diz que a "idéia é fortalecer o mercado". "Exigir mais responsabilidade e planejamento de risco em cada operação. São medidas adotadas tardiamente."
"Tem um processo de consolidação, sim, e temos de fazer caminhar da forma mais tranqüila possível. Mas não podemos nos furtar por um medo de eventual concentração."


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