São Paulo, sábado, 18 de abril de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

CENÁRIO ANIMADOR
O cenário para o setor sucroalcooleiro é animador. As indústrias brasileiras têm flexibilidade para optar por álcool ou açúcar; estão ficando diferentes e mais competitivas que as do resto do mundo; podem ter novos ganhos com o desenvolvimento de uma boa logística e obter renda com a cogeração de energia. A avaliação é de Plinio Nastari, presidente da Datagro.

MELHORA
Os fornecedores de cana-de-açúcar às usinas deverão ter melhor rendimento na safra 2009/10. Para Nastari, deverá haver aumento de 10% a 12% no valor da matéria-prima em relação aos valores de 2008/9.

BONS VENTOS
Algumas indústrias de bebidas dos Estados Unidos já começam a se preocupar com a utilização de produtos geneticamente modificados em suas formulações. Estão evitando açúcar de beterraba e glucose de milho geneticamente modificados. Com isso, ganha o açúcar de cana, segundo Nastari.

PRECISAM SER AVISADOS
Se os produtores de cana da América Central e do Caribe utilizassem o melaço de cana -um produto pouco valorizado- para produzir álcool, conseguiriam adicionar 10% de álcool em 73,7% de toda a gasolina utilizada na região, com grande economia nas importações de petróleo. "Precisam ser avisados disso", diz Nastari.

AINDA NO AZUL
As ações ON da Cosan caíram 11,97% ontem na Bovespa. Mesmo com essa queda, os papéis da empresa mantêm alta de 29,7% no mês.

À ESPERA
A área de trigo deve crescer 10% nesta safra no Paraná, segundo avaliação do mercado. Pelo menos 20% dessa área já foi semeada, mas muitos produtores ainda aguardam novas chuvas para continuar o plantio. O problema é que essas chuvas não devem ocorrer antes de dez dias.

INEXPLICÁVEL
Preços abaixo do custo, estoques mundiais baixos e consumo não sendo afetado pela crise financeira mundial. Esse é o momento do café. "Um quadro inexplicável", segundo análise dos técnicos do Escritório Carvalhaes, de Santos.

PARADA TÉCNICA
A demanda chinesa por soja e a quebra da safra na Argentina influenciaram o mercado de soja de Chicago nesta semana. Apesar de pequeno recuo ontem, o primeiro contrato acumula alta de 14% nos últimos cinco pregões, segundo a FNP.

NÃO SÓ A SOJA
Não foi apenas o preço da soja que recuou ontem em Chicago. O milho, que teve a maior perda, ficou 2,5% mais barato, enquanto o trigo caiu 0,3%.


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