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TVs por assinatura devem recorrer sobre ponto extra
Vazamento de decisão da Anatel será investigado
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão da Anatel de proibir a cobrança dos pontos extras de TV por assinatura deve
levar as operadoras a entrarem
com recurso administrativo na
agência reguladora de telecomunicações contestando a decisão. Há dois dias, o presidente
da Anatel, Ronaldo Sardenberg, anunciou as novas regras
e reforçou que não caberia mais
recurso na agência. As operadoras teriam de acionar a Justiça caso quisessem questioná-la.
Por meio da ABTA (Associação Brasileira das Empresas de
TV por Assinatura), as empresas afirmam que ainda não tiveram acesso ao documento com
as medidas anunciadas e que,
provavelmente, entrarão com
um "recurso de suspensão" na
Anatel. Segundo a ABTA, esse é
o instrumento previsto pelo regimento interno da agência que
asseguraria a contestação.
Enquanto a decisão da Anatel não é publicada no "Diário
Oficial", continua valendo a liminar obtida na Justiça pela
ABTA autorizando a cobrança
pelos pontos extras.
As novas regras proíbem que
as operadoras cobrem mensalidades dos clientes (novos e antigos) pelos pontos extras. As
operadoras só podem cobrar
pela instalação dos equipamentos e pelo conserto, em casos de
danos ou defeitos.
A discussão sobre os pontos
extras vinha se arrastando desde junho do ano passado. Naquela ocasião, a agência determinou a suspensão da cobrança, mas voltou atrás. Ao mesmo
tempo, liminar concedida para
a ABTA permitiu a cobrança
pelas operadoras até a decisão
da Anatel.
As companhias apostavam
que a agência voltaria atrás, especialmente após o parecer favorável de Emília Ribeiro, conselheira da Anatel. Com a reviravolta, elas estimam perdas de
receita que podem chegar a
30%, algo em torno de R$ 500
milhões por ano.
Vazamento de informação
A notícia de que a Anatel
proibiria a cobrança do ponto
extra vazou durante a tarde de
quinta-feira passada para corretoras do mercado financeiro
antes do anúncio oficial. Na
Bolsa, os papéis da Net lideraram as perdas no pregão, com
queda de 6,42%.
Ontem, Sardenberg pediu à
corregedoria da Anatel que
abra um processo para investigar o caso. O objetivo é chegar
ao nome do informante. Por telefone, ele conversou com a
presidente da CVM (Comissão
de Valores Mobiliários), Maria
Helena Santana, que também
deverá abrir um processo.
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