São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010

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COMÉRCIO EXTERIOR

Caso do algodão pode ajudar Rodada Doha, diz Amorim

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A necessidade de o governo americano negociar com o Brasil para evitar uma retaliação devido à concessão ilegal de subsídio a seus produtores de algodão pode ser benéfica para a retomada das negociações da Rodada Doha, de liberalização comercial. A avaliação foi expressada ontem pelo chanceler brasileiro, Celso Amorim, e pelo diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o francês Pascal Lamy.
Amorim tratou do assunto quando questionado se o Brasil trocaria o que ganhou no processo contra os EUA na OMC por um acordo melhor na Rodada Doha. Ele evitou relacionar diretamente os dois assuntos, mas reconheceu que o fato de os EUA estarem sendo obrigados a reduzir subsídios ajuda o processo da Rodada Doha. "Espero que a ficha caia."
O ministro brasileiro esteve ontem reunido com Lamy em Brasília. O francês concordou que a questão do algodão pode ajudar nas negociações de Doha. "É um passo na direção correta", disse, referindo-se ao fato de os americanos serem obrigados a cortar os subsídios.
Amorim negou, porém, que o Brasil possa desistir de aplicar a retaliação, adiada no início do mês por 60 dias após o governo americano ter apresentado uma proposta concreta. "Não existe desistir [da retaliação]. Existe negociação. Eles [EUA] podem oferecer algo que se aproxime do cumprimento das exigências da OMC. É o que estamos tentando fazer."


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