São Paulo, sexta-feira, 18 de maio de 2007

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Centrais reagem à proposta de desoneração

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

As centrais sindicais reagiram à proposta em estudo pelo governo de limitar a contribuição patronal ao INSS como uma das alternativas para desonerar a folha de pagamento das empresas e beneficiar setores intensivos em mão-de-obra que sofrem com a valorização do real em relação ao dólar.
Nas regras em vigor, as empresas recolhem 20% sobre a folha de pagamento. Uma das idéias estudadas pelo Ministério da Fazenda é fazer com que a contribuição patronal, de 20%, seja calculadada sobre o valor máximo de R$ 2.894,28, independentemente do salário.
A Força Sindical considerou "insensata" e "insana" a proposta. "Guido Mantega mostrou insensatez ao admitir a intenção de desobrigar as empresas dos setores prejudicados pela queda do dólar de pagar o INSS e depositar o FGTS dos trabalhadores", disse o secretário da central, João Carlos Gonçalves. "Não podemos permitir tal insanidade. Usar o desequilíbrio cambial momentâneo para fazer uma minireforma trabalhista para retirar direitos é uma atitude perversa."
Para a CGT, é preciso avaliar se, com a proposta, o caixa da Previdência será afetado. "Uma idéia é fazer uma contribuição mista, baseada no faturamento e no quadro pessoal das empresas. Estamos estudando a idéia para levá-la ao governo", disse Canindé Pegado, da central.


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