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Centrais reagem à proposta de desoneração
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
As centrais sindicais reagiram à proposta em estudo pelo
governo de limitar a contribuição patronal ao INSS como
uma das alternativas para desonerar a folha de pagamento das
empresas e beneficiar setores
intensivos em mão-de-obra
que sofrem com a valorização
do real em relação ao dólar.
Nas regras em vigor, as empresas recolhem 20% sobre a
folha de pagamento. Uma das
idéias estudadas pelo Ministério da Fazenda é fazer com que
a contribuição patronal, de
20%, seja calculadada sobre o
valor máximo de R$ 2.894,28,
independentemente do salário.
A Força Sindical considerou
"insensata" e "insana" a proposta. "Guido Mantega mostrou insensatez ao admitir a intenção de desobrigar as empresas dos setores prejudicados
pela queda do dólar de pagar o
INSS e depositar o FGTS dos
trabalhadores", disse o secretário da central, João Carlos Gonçalves. "Não podemos permitir
tal insanidade. Usar o desequilíbrio cambial momentâneo
para fazer uma minireforma
trabalhista para retirar direitos
é uma atitude perversa."
Para a CGT, é preciso avaliar
se, com a proposta, o caixa da
Previdência será afetado. "Uma
idéia é fazer uma contribuição
mista, baseada no faturamento
e no quadro pessoal das empresas. Estamos estudando a idéia
para levá-la ao governo", disse
Canindé Pegado, da central.
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