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SP cria 40% dos empregos formais no país
Indústria impulsiona contratações no Estado; país gerou 305 mil vagas em abril, o melhor resultado para o mês
GABRIEL BALDOCCHI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de novas vagas de
emprego formal geradas neste
ano mostra forte concentração
dos postos em São Paulo, de
acordo com dados do Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de abril.
O Estado foi responsável por
40% do saldo total dos 962.327
novos postos de trabalho registrados no Brasil durante os
quatro primeiros meses do ano.
O resultado de São Paulo é duas
vezes superior ao saldo de Minas Gerais, segundo maior criador no período.
Para Fábio Romão, especialista em mercado de trabalho
da LCA Consultoria, o número
de São Paulo tem origem em aspectos estruturais e conjunturais. Os primeiros comprovam
o peso da indústria no Estado.
A análise do período, segundo ele, mostra forte contratação na indústria, que se recupera das perdas na crise. Romão
aponta grande participação dos
setores de metalurgia, mecânica, comunicação e transporte
no resultado de São Paulo.
No país, os quatro setores da
indústria registram 22.452 novas vagas em abril deste ano.
No mesmo mês do ano passado,
esse grupo havia dispensado
cerca de 19 mil trabalhadores.
Para o Ministério do Trabalho, o elevado número de vagas
geradas em São Paulo está relacionado com a indústria e reflete o peso econômico do Estado.
"São Paulo continua sendo a
locomotiva, mas os vagões já
estão caminhando juntos. Isso
é muito bom porque descentraliza, distribui melhor a riqueza", afirma o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
O peso da indústria na geração das vagas paulistas fica claro na comparação com as outras unidades da Federação. A
soma dos quatro Estados que
mais criaram vagas, após São
Paulo, supera em apenas 2.500
postos o registrado no líder.
Os resultados de abril também mostram maior participação do interior na geração de
empregos. Para Lupi, o movimento mostra migração de parques industriais para áreas fora
das regiões metropolitanas.
"Essa é a nossa diferença para o resto do mundo. Nós conseguimos fazer com que as
grandes metrópoles cresçam,
mas o interior também."
Os dados do Caged de abril
mostraram a segunda maior
geração de empregos desde
1992. As 305.068 vagas criadas
ficaram abaixo da última previsão do ministério, que apontava saldo de 340 mil novos postos. Apesar disso, o número
ainda é recorde para o mês.
Três Estados registraram resultado negativo em abril. Alagoas teve o pior saldo, com perda de 6.668, seguido de Pernambuco e Paraíba. Para o Ministério do Trabalho, o resultado negativo foi influenciado pela sazonalidade no campo.
O ministério também elevou
a previsão para o ano: de 2 milhões para 2,5 milhões de vagas.
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