|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Euro cai para níveis de 2006; Bolsas voltam a ter perdas
Bovespa fecha em queda
de 0,86%; dólar vai a R$ 1,81
EPAMINONDAS NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
A descrença sobre a economia da Europa derrubou a cotação do euro para níveis de
2006. As Bolsas também sofreram as consequências, em sinal
de que o investidor continua
avesso a risco.
O euro foi negociado por US$
1,23, ante US$ 1,25 na sexta. Em
seu momento mais baixo, a
moeda europeia chegou a ser
cotada a US$ 1,22.
Embora vários países europeus tenham assumido o compromisso de reduzir os deficit
públicos, de modo a renovar a
confiança dos mercados, economistas temem que esse processo de ajustes retarde a retomada do crescimento na região.
Analistas citavam ontem outro ingrediente do pessimismo
geral: o temor de que a China
lance mão de medidas restritivas ao crescimento. Pequim
tem repetidamente manifestado reservas quanto à formação
de "bolhas" de preço, principalmente no setor imobiliário.
Pela manhã, as Bolsas europeias até chegaram a se valorizar, mas esse movimento não
se sustentou. A Bolsa londrina
encerrou o dia estável, enquanto Paris teve perdas de 0,47%.
Na Alemanha, a Bolsa teve ganho modesto de 0,16%.
As Bolsas americanas conseguiram encerrar o dia com ganhos, ainda que moderados. A
referência global dos investidores, o índice Dow Jones (Bolsa
de Nova York), subiu 0,05%,
enquanto o abrangente S&P teve avanço de 0,11%.
A Bovespa encerrou o dia
com perdas de 0,86%. No início
da tarde, as ações chegaram a
ser negociadas a preços de outubro de 2009, o que atraiu ordens de compra e reduziu o tamanho da queda.
Profissionais reconhecem
que os problemas da Europa
preocupam, mas advertem que
os mercados estão muito sensíveis a especulações e rumores.
"Há uma onda de especulações [sobre a Europa] que pode
alcançar outros países", diz
Edison Marcelino, gerente de
operações da corretora Finabank, apontando a China como
possível "alvo".
"Nós temos de lembrar que
muita gente ganha dinheiro
com volatilidade."
O giro de ontem na Bolsa
(R$ 9,9 bilhões) foi inflado pelo
vencimento de opções. Trata-se de instrumento financeiro
pelo qual o investidor pode negociar um direito de compra,
ou de venda, de um determinado ativo (no caso, ações), que
deve ser exercido (ou não) num
certo prazo.
O vencimento das opções
movimentou R$ 2,4 bilhões.
Não passou despercebido aos
analistas que as três opções
mais negociadas deste mês foram contratos de venda, o que
pode ser interpretado como um
sinal da pouca disposição do investidor em tomar risco.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,812, alta de 0,44%.
Texto Anterior: General Motors sai do vermelho e lucra US$ 865 milhões no 1º tri Próximo Texto: Petróleo: OGX amplia estimativa de poço em Campos Índice
|