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Para Furlan,
recusa pode ser
"oportunismo"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse
ontem que a recusa de novos carregamentos da soja brasileira por
parte dos chineses pode ser uma
manobra "oportunista". Furlan
fez o comentário, segundo sua assessoria, ao responder a uma pergunta de um dos participantes de
um seminário para servidores públicos no Palácio do Planalto.
"Pode estar havendo oportunismo no sentido de recusar novos
carregamentos para comprar a
preços mais baixos. Mas a China
divulgou que vai dar o melhor tratamento aos nossos emissários e
teremos reuniões na próxima semana que podem conduzir a uma
solução do problema."
Alguns empresários brasileiros
têm afirmado que a China está
criando uma barreira sanitária
aos produtos brasileiros para pagar menos. Os produtores dizem
que estão seguindo os parâmetros
internacionais na comercialização do produto. Furlan disse ainda que o problema da soja não deverá ser levado à OMC por ser um
assunto técnico. "Se não for resolvido tecnicamente, podemos pensar em outra esfera. Mas não faz
sentido ir a julgamento uma coisa
que nem teve apuração."
Para o secretário de Comércio
Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, as
possíveis perdas para a balança
comercial que resultariam do embargo chinês à soja serão compensadas por produtos como os
automotivos.
Colaborou a Folha Online
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