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BC atua em duas frentes, mas dólar sobe só 0,14%
Moeda americana encerra a
R$ 2,141; Bovespa cai 0,32%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
As atuações do Banco Central no mercado de câmbio acabaram por evitar que o dólar
voltasse a se depreciar ontem.
Mas a alta da moeda americana
foi branda, de apenas 0,14%.
Vendido a R$ 2,141 no encerramento das operações, o dólar
chegou a ser negociado a R$
2,129 durante os negócios.
O BC realizou leilão para oferecer contratos de "swap cambial reverso", que movimentaram US$ 1,49 bilhão. Essa operação tem o efeito de compras
de dólares no mercado futuro.
Ou seja, representam aumento
da demanda pela moeda.
Além disso, a autoridade monetária adquiriu dólares diretamente dos bancos, em montante estimado em cerca de US$
200 milhões por operadores.
Se não houver pressões externas, o real tende a retomar
hoje sua rota de apreciação.
A Bovespa, depois de subir
0,91% no melhor momento do
dia, perdeu ritmo e terminou o
pregão com queda de 0,32%.
Apesar da baixa de ontem, a
Bolsa tem valorização de 1,66%
acumulada na semana.
Até o dia 14, o saldo dos negócios dos estrangeiros na Bolsa
no mês estava positivo em R$
153,9 milhões. A volta desses
investidores é fundamental para a recuperação do mercado
acionário doméstico.
Nos últimos dias, a divulgação nos Estados Unidos de indicadores de inflação, tanto ao
produtor quanto ao consumidor, que vieram abaixo do esperado melhoraram as perspectivas para o mercado financeiro
global. Se os preços deixam de
ser uma ameaça, aumentam as
chances de o Fed (o banco central dos EUA) não elevar os juros do país, que estão em
5,25%, no próximo mês.
A ratificação desse cenário
mais benéfico tem tudo para
ajudar a Bolsa a voltar aos 40
mil pontos. Ontem, a Bolsa fechou com 37.558 pontos.
A agência de classificação de
risco Fitch Ratings elevou ontem a nota conhecida como
"country ceiling" (teto do país)
do Brasil, de "BB" para "BB+".
A mudança ocorreu devido a
alterações metodológicas no
cálculo da nota e afetou 40 países. Como essa nota não tem a
mesma importância do "rating" soberano -que mostra a
qualidade de crédito do país-,
o mercado não se chegou a se
animar muito com a notícia.
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