São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2006

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BC atua em duas frentes, mas dólar sobe só 0,14%

Moeda americana encerra a R$ 2,141; Bovespa cai 0,32%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As atuações do Banco Central no mercado de câmbio acabaram por evitar que o dólar voltasse a se depreciar ontem. Mas a alta da moeda americana foi branda, de apenas 0,14%. Vendido a R$ 2,141 no encerramento das operações, o dólar chegou a ser negociado a R$ 2,129 durante os negócios.
O BC realizou leilão para oferecer contratos de "swap cambial reverso", que movimentaram US$ 1,49 bilhão. Essa operação tem o efeito de compras de dólares no mercado futuro. Ou seja, representam aumento da demanda pela moeda.
Além disso, a autoridade monetária adquiriu dólares diretamente dos bancos, em montante estimado em cerca de US$ 200 milhões por operadores.
Se não houver pressões externas, o real tende a retomar hoje sua rota de apreciação.
A Bovespa, depois de subir 0,91% no melhor momento do dia, perdeu ritmo e terminou o pregão com queda de 0,32%.
Apesar da baixa de ontem, a Bolsa tem valorização de 1,66% acumulada na semana.
Até o dia 14, o saldo dos negócios dos estrangeiros na Bolsa no mês estava positivo em R$ 153,9 milhões. A volta desses investidores é fundamental para a recuperação do mercado acionário doméstico.
Nos últimos dias, a divulgação nos Estados Unidos de indicadores de inflação, tanto ao produtor quanto ao consumidor, que vieram abaixo do esperado melhoraram as perspectivas para o mercado financeiro global. Se os preços deixam de ser uma ameaça, aumentam as chances de o Fed (o banco central dos EUA) não elevar os juros do país, que estão em 5,25%, no próximo mês.
A ratificação desse cenário mais benéfico tem tudo para ajudar a Bolsa a voltar aos 40 mil pontos. Ontem, a Bolsa fechou com 37.558 pontos.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou ontem a nota conhecida como "country ceiling" (teto do país) do Brasil, de "BB" para "BB+".
A mudança ocorreu devido a alterações metodológicas no cálculo da nota e afetou 40 países. Como essa nota não tem a mesma importância do "rating" soberano -que mostra a qualidade de crédito do país-, o mercado não se chegou a se animar muito com a notícia.


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