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ÁGUIA EM TRANSE
Produção das fábricas recua pela primeira vez no ano; Dow Jones cai 2% e vai ao pior nível em seis semanas
Indústria dos EUA encolhe, Bolsas tremem
DA REDAÇÃO
A indústria norte-americana voltou a encolher, em uma mostra de que o setor passa por uma frágil recuperação. A produção das fábricas, minas e usinas dos
Estados Unidos recuou 0,3% no mês passado -a primeira contração desde dezembro.
A divulgação do indicador ajudou a derrubar o ânimo dos investidores, e as Bolsas caíram ao nível mais baixo das últimas seis semanas. O índice Dow Jones da
Bolsa de Nova York caiu 2,06% e
fechou em 8.207 pontos -o pior
fechamento desde 5 de agosto. A
Nasdaq recuou 1,25%, e o índice
Standard & Poor's 500, 1,97%.
A tensão também reflete a perspectiva de um ataque dos EUA ao
Iraque. Além disso, atualmente é
a temporada de publicação de balanços do segundo trimestre e de
divulgação de previsões para o
atual trimestre. E os informes têm
sido frustrantes para os investidores. Companhias de informática,
por exemplo, estimam que as
vendas seguirão fracas.
Segundo relatório divulgado
ontem pelo Federal Reserve (banco central norte-americano), o
desaquecimento industrial se refletiu no aumento da capacidade
ociosa, pela primeira vez no ano.
A indústria utilizou 76% de sua
capacidade em agosto, um pouco
abaixo do nível de julho.
Os números do Fed confirmam
o que uma série de outros indicadores já havia indicado: a maior
economia do planeta, depois de
uma período de instável recuperação na primeira metade do ano,
sofreu nova freada.
O nível de atividade na indústria
ficou aquém da expectativa dos
analistas, que, em média, previam
avanço de 0,2%. Em julho, havia
ocorrido avanço de 0,4%.
"Houve um retrocesso. Esperamos que seja breve", disse Carl
Tannenbaum, economista-chefe
do LaSalle Bank. Joseph LaVorgna, economista da corretora
Deutsche Bank Securities, encarou os indicadores como um balde de água fria. "É problemático.
Não deveríamos estar discutindo
a recuperação", disse.
Devido ao clima de insegurança, os investidores preferem aplicar em títulos do governo, considerados um investimento mais
seguro. Com o excesso de procura, o rendimento dos papéis de
dez anos recuou para 3,86% ao
ano -o menor desde 1963.
Com agências internacionais
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