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MERCADO FINANCEIRO
Para a Standard & Poor's, melhora econômica reduz chance de o país dar calote na dívida externa
Agência de risco aumenta nota do Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
A agência de classificação de
risco Standard & Poor's informou ontem à noite que elevou sua
nota para a dívida externa do Brasil. Com o aumento da nota, o
Brasil voltou ao mesmo patamar
que estava em julho de 2002,
quando o país havia sido rebaixado pela agência, em meio ao turbulento período pré-eleitoral.
O "rating" (classificação de risco) para a dívida soberana do país
foi elevado de "B+" para "BB-". A
decisão indica que, no entender
da S&P, as chances de o governo
brasileiro dar o calote de sua dívida externa ficaram menores.
A S&P cita em comunicado a
importância da retomada do
crescimento da economia, a disciplina fiscal do governo e o aumento do fluxo de recursos externos para o país como pontos importantes para a decisão.
"A reação do mercado na abertura dos negócios na segunda-feira tem tudo para ser bem positiva.
O dólar deve cair abaixo dos R$
2,85. Com isso, cresce a preocupação em torno da possibilidade de
o governo intervir no câmbio para conter a valorização do real",
avalia Paulo Gomes, estrategista
da consultoria Global Invest.
As notas dadas pelas agências
de classificação de risco têm influência sobre o custo das dívidas
externas de governos, empresas e
instituições financeiras.
Na semana passada, a agência
Moody's já havia elevado a nota
dada à dívida brasileira.
A S&P também citou a melhora
do perfil da dívida pública e o
crescimento das exportações que
"refletem uma melhora estrutural, apesar da ajuda de fatores cíclicos favoráveis".
A agência também elevou o "rating" do BNDES e do Banco do
Nordeste.
Devido à informação de que o
governo pode aumentar sua meta
de superávit primário (economia
para pagar os juros), o mercado já
especulava, na tarde de ontem,
com a possibilidade de uma agência elevar o "rating" do país.
Em alta
Mesmo com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa básica de juros de 16% para 16,25% ao ano, a
Bolsa de Valores de São Paulo subiu expressivamente na semana.
No período, a Bolsa acumulou valorização de 5,03%.
Das 55 ações que compõem o
principal índice (o Ibovespa),
apenas três registraram baixa no
período.
(FABRICIO VIEIRA)
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