São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Número de contratos DI negociados no mercado futuro foi 55% maior ontem que no dia anterior

Taxas de juros estabilizam-se na BM&F

DA REPORTAGEM LOCAL

Após o ajuste realizado na quarta-feira, os juros futuros pararam de cair ontem na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Analistas apostavam que as taxas seguiriam em queda, devido à expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) não mexerá na taxa básica da economia, hoje em 21% ao ano, na sua reunião da próxima semana.
O volume de negócios com contratos DI (que considera os juros interbancários) foi o maior do mês. Foram negociados 303 mil contratos, o que representa um aumento de 55% em relação ao dia anterior.
A projeção dos juros no contrato de prazo mais curto, com vencimento no início de novembro, ficou praticamente estável, em 22,19% anuais. Na quarta, o mesmo contrato fechou com taxa de 22,25% ao ano. Esse papel é o que melhor reflete a expectativa do mercado em relação ao rumo da Selic (taxa básica) e deve recuar nos próximos dias.
No DI mais negociado, com prazo em janeiro do próximo ano, a taxa subiu um pouco, de 24,62% para 24,80% anuais.
Já o cupom cambial -projeção do valor da taxa de juros em dólar- voltou a ser fortemente pressionado na BM&F.
A subida do cupom cambial não é um bom sinal para o governo. Normalmente, a taxa que o governo paga para rolar sua dívida indexada ao câmbio acompanha as oscilações do cupom cambial.
O FRA -Forward Rate Agreement, melhor medida do cupom cambial na BM&F- mais negociado, com prazo em janeiro, alcançou os 62,9% ao ano, contra 59,8% anuais do fechamento de quarta. Na sexta-feira passada, o mesmo contrato fechou com taxa de 52,01% anuais. Há cerca de quatro meses, o cupom do FRA de prazo mais curto estava em torno de 4% anuais.
As operações com contratos de FRA foram bastante movimentadas. O número de contratos negociados ontem foi 52% maior que o registrado no dia anterior, ficando em 30 mil.
A reunião extraordinária do Copom na última segunda -quando o comitê decidiu elevar a taxa básica de 18% para 21% ao ano- agitou o mercado de juros. Até o fim da próxima reunião do Copom, na quarta, esse segmento deve seguir bastante movimentado, com investidores tentando ajustar suas posições.


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