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MERCADO FINANCEIRO
Número de contratos DI negociados no mercado futuro foi 55% maior ontem que no dia anterior
Taxas de juros estabilizam-se na BM&F
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o ajuste realizado na
quarta-feira, os juros futuros pararam de cair ontem na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros). Analistas apostavam que as
taxas seguiriam em queda, devido
à expectativa de que o Copom
(Comitê de Política Monetária)
não mexerá na taxa básica da economia, hoje em 21% ao ano, na
sua reunião da próxima semana.
O volume de negócios com contratos DI (que considera os juros
interbancários) foi o maior do
mês. Foram negociados 303 mil
contratos, o que representa um
aumento de 55% em relação ao
dia anterior.
A projeção dos juros no contrato de prazo mais curto, com vencimento no início de novembro,
ficou praticamente estável, em
22,19% anuais. Na quarta, o mesmo contrato fechou com taxa de
22,25% ao ano. Esse papel é o que
melhor reflete a expectativa do
mercado em relação ao rumo da
Selic (taxa básica) e deve recuar
nos próximos dias.
No DI mais negociado, com
prazo em janeiro do próximo
ano, a taxa subiu um pouco, de
24,62% para 24,80% anuais.
Já o cupom cambial -projeção
do valor da taxa de juros em dólar- voltou a ser fortemente
pressionado na BM&F.
A subida do cupom cambial
não é um bom sinal para o governo. Normalmente, a taxa que o
governo paga para rolar sua dívida indexada ao câmbio acompanha as oscilações do cupom cambial.
O FRA -Forward Rate Agreement, melhor medida do cupom
cambial na BM&F- mais negociado, com prazo em janeiro, alcançou os 62,9% ao ano, contra
59,8% anuais do fechamento de
quarta. Na sexta-feira passada, o
mesmo contrato fechou com taxa
de 52,01% anuais. Há cerca de
quatro meses, o cupom do FRA
de prazo mais curto estava em
torno de 4% anuais.
As operações com contratos de
FRA foram bastante movimentadas. O número de contratos negociados ontem foi 52% maior que o
registrado no dia anterior, ficando em 30 mil.
A reunião extraordinária do
Copom na última segunda
-quando o comitê decidiu elevar a taxa básica de 18% para 21%
ao ano- agitou o mercado de juros. Até o fim da próxima reunião
do Copom, na quarta, esse segmento deve seguir bastante movimentado, com investidores tentando ajustar suas posições.
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