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COMÉRCIO MUNDIAL
Para Donna Hrinak, união combateria subsídios de Japão e UE
Embaixadora quer aliança Brasil-EUA
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Os Estados Unidos, por intermédio da sua embaixadora no
Brasil, Donna Hrinak, sugeriram
ontem celebrar uma aliança com
o Brasil para combater os subsídios agrícolas praticados pela
União Européia e pelo Japão.
A proposta (ainda extra-oficial)
foi feita em Porto Alegre, onde a
embaixadora participou de algumas atividades, incluindo um encontro com empresários gaúchos
anteontem na Fiergs (Federação
das Indústrias do Estado do Rio
Grande do Sul) e o seminário
""Ideologias à parte, tudo sobre
Alca", promovido pela Amcham
(Câmara Americana de Comércio), realizado ontem.
Nas negociações da Alca (Área
de Livre Comércio das Américas),
o Brasil e os EUA têm se digladiado justamente em razão de subsídios agrícolas dos quais, segundo
o governo brasileiro, os norte-americanos não abrem mão.
Cairns
Tal aliança seria, de acordo com
a embaixadora, celebrada no âmbito do grupo de Cairns (entidade
que congrega os grandes países
produtores de produtos agrícolas,
entre os quais EUA e Brasil).
""A maneira mais efetiva para o
Brasil defender os seus interesses
na agricultura talvez seja trabalhar com os Estados Unidos e
com os outros países do grupo
Cairns para exigir a redução dos
subsídios na Europa e no Japão",
disse ela, procurando ressaltar o
esforço dos norte-americanos para diminuir os subsídios praticados por japoneses e europeus.
Um exemplo que ela cita é a
proposta feita pelos Estados Unidos, em julho do ano passado, de
reduzir os subsídios internos à
agricultura e eliminá-los nas exportações.
""Queremos um mundo sem
subsídios domésticos na agricultura, mas também sabemos que
vivemos em um mundo real",
afirmou ela.
Interesses
Defendendo uma Alca ""ampla"
e até mesmo a discussão dos subsídios agrícolas na região, a embaixadora norte-americana afirmou que a parte mais fácil da negociação já está resolvida, faltando, agora, equilibrar os interesses
dos 34 países envolvidos.
Hrinak defende janeiro de 2005
como prazo limite para o acordo,
e não o adiamento. Uma conquista importante, segundo ela, é
manter aceso o mecanismo de solução de controvérsias entre os
países.
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