São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Moeda recua 0,31% e Bovespa avança 1,58% na expectativa de novo corte dos juros; BC volta a comprar moeda

Dólar cai e Bolsa sobe à espera do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

Com os investidores à espera de mais uma redução na taxa básica de juros da economia pelo Copom, amanhã, o primeiro dia de negócios da semana foi tranqüilo. A Bovespa subiu 1,58% e voltou a ficar acima dos 30 mil pontos.
O dólar, mesmo com o Banco Central comprando ontem moeda das instituições financeiras, encerrou o dia com queda de 0,31%, a R$ 2,238. Desde que foi iniciado o atual período de compra de dólares, no começo do mês, a autoridade monetária já adquiriu cerca de US$ 900 milhões, de acordo com estimativas de operadores do mercado.
Mesmo assim, o real segue fortemente apreciado. No ano, o dólar tem desvalorização superior a 15% diante da moeda brasileira. Hoje, os investidores ficarão de olho nos dados da inflação ao produtor norte-americano. Surpresas desagradáveis nos números a serem divulgados nos Estados Unidos poderão trazer uma nova onda de vendas de ativos de emergentes.
Com o cenário internacional relativamente calmo, o risco-país brasileiro recuou. No fim das operações, o indicador estava a 372 pontos, baixa de 4,12%.
No mercado, voltou-se a se especular ontem com a possibilidade de a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevar a nota do Brasil. Segundo relatório da Fitch, o fortalecimento das exportações e do balanço de pagamentos, além de uma queda nas taxas reais -que ajudem a fazer com que o crescimento da economia chegue aos 3,5% em 2005-, podem abrir espaço para a elevação do "rating" do país.
Na semana passada, a Fitch melhorou a perspectiva do "rating" brasileiro, de estável para positiva. Isso indica que a nota pode ser elevada em breve. Já a Moody's elevou o Brasil na última quarta.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou ontem que a recente reavaliação do Brasil pelas agências internacionais de classificação de risco foi "um primeiro passo".
"Nós temos de continuar no rumo. Ficou claro que a ambição de chegar até "investment grade" é razoável. Vem com uma série de outros progressos, como na área social, na melhoria do gasto", afirmou o secretário. Ele não quis arriscar, no entanto, uma previsão sobre quando o Brasil atingirá o grau de "investment grade".


Colaborou a Sucursal de Brasília

Texto Anterior: Artigo: Classe média industrial pode desaparecer nos EUA
Próximo Texto: Bebida fina: Café busca consumidor atento a causa social
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.