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MERCADO FINANCEIRO
Moeda recua 0,31% e Bovespa avança 1,58% na expectativa de novo corte dos juros; BC volta a comprar moeda
Dólar cai e Bolsa sobe à espera do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
Com os investidores à espera de
mais uma redução na taxa básica
de juros da economia pelo Copom, amanhã, o primeiro dia de
negócios da semana foi tranqüilo.
A Bovespa subiu 1,58% e voltou a
ficar acima dos 30 mil pontos.
O dólar, mesmo com o Banco
Central comprando ontem moeda das instituições financeiras,
encerrou o dia com queda de
0,31%, a R$ 2,238. Desde que foi
iniciado o atual período de compra de dólares, no começo do
mês, a autoridade monetária já
adquiriu cerca de US$ 900 milhões, de acordo com estimativas
de operadores do mercado.
Mesmo assim, o real segue fortemente apreciado. No ano, o dólar tem desvalorização superior a
15% diante da moeda brasileira.
Hoje, os investidores ficarão de
olho nos dados da inflação ao
produtor norte-americano. Surpresas desagradáveis nos números a serem divulgados nos Estados Unidos poderão trazer uma
nova onda de vendas de ativos de
emergentes.
Com o cenário internacional relativamente calmo, o risco-país
brasileiro recuou. No fim das operações, o indicador estava a 372
pontos, baixa de 4,12%.
No mercado, voltou-se a se especular ontem com a possibilidade de a agência de classificação de
risco Fitch Ratings elevar a nota
do Brasil. Segundo relatório da
Fitch, o fortalecimento das exportações e do balanço de pagamentos, além de uma queda nas taxas
reais -que ajudem a fazer com
que o crescimento da economia
chegue aos 3,5% em 2005-, podem abrir espaço para a elevação
do "rating" do país.
Na semana passada, a Fitch melhorou a perspectiva do "rating"
brasileiro, de estável para positiva. Isso indica que a nota pode ser
elevada em breve. Já a Moody's
elevou o Brasil na última quarta.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou ontem que a recente reavaliação do
Brasil pelas agências internacionais de classificação de risco foi
"um primeiro passo".
"Nós temos de continuar no rumo. Ficou claro que a ambição de
chegar até "investment grade" é razoável. Vem com uma série de
outros progressos, como na área
social, na melhoria do gasto", afirmou o secretário. Ele não quis arriscar, no entanto, uma previsão
sobre quando o Brasil atingirá o
grau de "investment grade".
Colaborou a Sucursal de Brasília
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