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Acordo cria a maior Bolsa de futuros do mundo
Chicago Mercantile Exchange compra a Chicago Board of Trade por US$ 8 bi
Mercados mundiais passam por fusões à medida que os negócios se informatizam
e os investidores tentam reduzir custos operacionais
DA BLOOMBERG
A CME (Chicago Mercantile
Exchange), o maior mercado financeiro do mundo por valor
de mercado, formalizou a compra da CBOT (Chicago Board of
Trade), tradicional em mercadorias agropecuárias, por cerca
de US$ 8 bilhões. A operação
cria a maior Bolsa mundial de
contratos futuros para ações,
bônus, moedas e commodities.
Os acionistas receberão
0,3006 ação ordinária classe A
da CME, ou aproximadamente
US$ 151,27, para cada ação da
CBOT-ou uma quantia correspondente em dinheiro, disseram as empresas, em comunicado.
A cifra corresponde a um
ágio de aproximadamente 12%
em relação ao preço de fechamento das ações ontem. A nova
empresa, que se chamará CME
Group Inc., terá 69% de seu capital controlado pelos acionistas da CME, o maior mercado
de futuros dos EUA.
A tomada do controle acionário da CBOT pela CME encerra
mais de um século de concorrência entre as duas Bolsas, que
começaram negociando commodities e foram pioneiras nas
transações com contratos futuros financeiros na década de
1970.
Os mercados mundiais vêm
se fundindo à medida que as
negociações se informatizam
cada vez mais e os investidores
tentam reduzir os custos envolvidos nas operações de compra
e venda.
"Eles formaram uma Bolsa
mundial que domina o mercado de futuros e, quando observamos sua posição competitiva,
temos de dizer que eles estão
muito bem posicionados", disse Ryan Caldwell, analista da
Waddell & Reed Financial Inc.,
de Overland Park, no Estado
norte-americano do Kansas,
que administra cerca de US$ 45
bilhões, entre os quais ações de
ambas as Bolsas.
A empresa será dirigida por
Craig Donohue, principal executivo da CME. Terrence A.
Duffy, presidente do conselho
administrativo da CME, será o
presidente do conselho do
CME Group. O presidente do
conselho administrativo da
CBOT, Charles P. Carey, ocupará o cargo de vice-presidente.
As transações mundiais de
futuros mais que dobraram nos
últimos cinco anos -passando
a 3,96 bilhões de contratos em
2005-, estimuladas pelas operações eletrônicas que tornaram a compra e a venda de futuros mais acessível a um número
maior de investidores e facilitaram as operações por meio de
programas de computador.
A fusão deve gerar lucro entre 12 e 18 meses após a conclusão da transação. As empresas
estimam que a economia antes
dos impostos gerada pela união
chagará a mais de US$ 125 milhões e será observada no segundo ano completo após a finalização do negócio.
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