|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Caixa estuda criar linhas para manter crédito a construtoras
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Caixa Econômica Federal
poderá criar novas linhas de
crédito para construtoras que
enfrentam dificuldades de obter recursos no mercado financeiro. O banco estuda condições especiais - com juros e
prazos melhores que os de mercado- para a construção civil,
como uma das medidas para
impedir que o setor sofra desaceleração em 2009.
A construção civil é a nova
preocupação do governo. Os
negócios poderão se desaquecer por causa da crise financeira internacional, da escassez de
crédito e da desaceleração da
economia. Por isso, o Ministério da Fazenda prepara medidas que devem ser anunciadas
na semana que vem.
O consultor técnico da vice-presidência de governo da Caixa, Teotônio Rezende, explica
que até o primeiro semestre
deste ano as construtoras buscavam financiamento na Bolsa
de Valores, lançando ações.
Com a queda generalizada do
mercado de ações, este canal
barato de financiamento se fechou, o que coloca em risco novos projetos na área.
"As medidas ainda estão em
estudo. O que se busca é como
estruturar uma linha de crédito
para socorrer essas empresas
antes que o problema esteja caracterizado", afirmou Rezende.
Juros e prazos seguem
A Caixa reiterou ontem que
as taxas de juros e prazos do financiamento imobiliário serão
mantidos. A alta dos juros básicos e a falta de liquidez no sistema financeiro levaram bancos
privados a aumentar juros e reduzir prazos dos empréstimos.
Desde 2007 a Caixa mantém
os juros e prazos para financiar
imóveis. Os juros para quem
usar recursos do FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço) são de 8,16% ao ano. Os juros cobrados dos mutuários da
casa própria com recursos da
poupança variam entre 8% e
14%. Os valores têm o acréscimo da TR (Taxa Referencial).
O impulso ao financiamento
da casa própria é outra contribuição que poderá vir da Caixa
para impedir prejuízos na
construção. O banco tem a meta de emprestar R$ 28,7 bilhões
para o financiamento habitacional em 2009.
Rezende diz que a instituição
tem recursos para oferecer até
R$ 50 bilhões para o crédito habitacional. Mas o aumento da
oferta de crédito depende da
demanda em alta.
Texto Anterior: Foco: Banco Central deve agir com "porrete" no mercado, afirma Conceição Tavares Próximo Texto: Nossa Caixa vai financiar vencedor de leilão de estradas Índice
|