São Paulo, sábado, 18 de outubro de 2008 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br QUANTO DURA A volatilidade trazida pela crise financeira vai continuar por algum tempo e começa a atingir a economia. "A preocupação já não é com a Bolsa, mas com os efeitos na economia real", afirma João Sampaio, da Agricultura paulista. CHEGOU AOS PEQUENOS O problema são os pequenos produtores, que nunca colocaram dinheiro na Bolsa, nem utilizam ACCs [crédito para exportação] ou derivativos [negociações no mercado futuro], mas já começam a ser vítimas reais dessa crise, diz Sampaio. ANGUSTIADOS João Carlos de Souza Meirelles, ex-secretário paulista da Agricultura, que voltou de giro por Mato Grosso, diz que "há uma angústia nos produtores que já estão com insumos e esperam a chuva para o plantio". RISCOS MAIORES Pior para os que ainda não têm todos os insumos. Eles não encontram crédito nos bancos, que não querem assumir riscos. É necessária uma atuação do governo federal para garantir a chegada desse crédito e preços mínimos, diz Meirelles. NOVA QUEDA O litro do álcool anidro recuou para R$ 0,9203, com queda de 1,3% na semana. Já o hidratado foi a R$ 0,7376, com recuo de 3,37%, segundo o Cepea. POUCA ALTERAÇÃO O preço médio do hectare de terra foi de R$ 4.334 no bimestre julho-agosto, 1,1% a mais do que em maio-junho. Os dados são da AgraFNP e ainda não refletem os efeitos da crise, que se acentuou desde o mês passado. SEM REFLEXOS Mas Jacqueline Bierhals, da AgraFNP, diz que os fundamentos da procura por terra não mudaram e que, por isso, a crise deve afetar muito pouco os preços. O mundo precisa de alimentos, o Brasil dispõe de terras e os preços ainda são relativamente baixos em relação a outros países, afirma ela. TROCA DE TECNOLOGIA Pecuaristas colombianos estão no Brasil para efetivar troca de tecnologia com brasileiros na criação de gado da raça brahman. Isso é possível porque os dois países assinaram protocolo de intercâmbio, diz Carlos Rodríguez, cônsul comercial da Colômbia. INTERESSES MAIORES Rodríguez diz que os dois países trocam investimentos em vários setores e que a Colômbia é um país-chave para o Brasil atingir mercados importantes, como os EUA. CONCORRÊNCIA Dois fatores derrubam os preços da carne suína em São Paulo, diz analista: demanda fraca e concorrência de carne do Sul. A paulista, fresca, tem valor maior e os frigoríficos não conseguem repassar preço. Texto Anterior: Teles elogiam Anatel, mas provedores protestam Próximo Texto: Ministro aprova texto que muda regras na telefonia Índice |
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