São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2001

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PAINEL S.A.


Sem favores
Ivoncy Ioschpe (Iedi) afirma que o Iedi não defende uma política industrial como a que foi praticada no passado. "A política industrial que queremos é moderna, amparada na competitividade, e não em favores do Estado", diz.

Os pais da idéia
Ioschpe diz que não entende as críticas que os defensores da política industrial vêm sofrendo do governo. "Nós não somos donos dessa idéia. Os donos são Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek", diz ele. "O Iedi só reafirma a necessidade de termos uma política industrial ativa."

Racionamento
FHC deverá anunciar na próxima reunião do ministério do "apagão", na quinta, a política de racionamento para o período molhado. A meta do Sudeste deverá cair dos atuais 20% para 10%. No Nordeste, a situação ainda é crítica.

Para menores
Nos dez primeiros meses do ano, o BNDES completou o total de 126 mil operações de financiamento, 46% a mais que no ano passado. A maioria, cerca de 120 mil, foi com empresas de pequeno porte. Foram desembolsados R$ 4,55 bilhões para micro, pequenas e médias empresas, o que representa alta de 31% em relação aos valores dos empréstimos feitos no mesmo período de 2000.

Distribuição
Dos R$ 4,55 bilhões desembolsados, R$ 2,039 bilhões destinaram-se ao setor agropecuário; R$ 951 milhões a projetos de infra-estrutura; R$ 930 milhões a projetos industriais; R$ 478 milhões a comércio e serviços; e R$ 152 milhões a empreendimentos nas áreas de educação e saúde. Os maiores agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES foram Banco do Brasil e Bradesco.

Moradia rural
A CEF e o Incra firmaram convênio que prevê destinar R$ 100 milhões a financiamento de moradias e material de construção para trabalhadores rurais. A estimativa é que 40 mil famílias sejam atendidas. A seleção dos beneficiários será feita pelo Incra.


E-mail - guilherme.barros@uol.com.br


ANÁLISE
Substituição de importações

A desvalorização do dólar deste ano não deve ter provocado um movimento muito grande de substituição de importações, a exemplo do que ocorreu em 1999, de acordo com estudo do economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, do Iedi. Na desvalorização de 1999, ele identificou uma substituição de importações de US$ 6,5 bilhões em setores como telecomunicações e bens de capital. Já sobre a deste ano, apesar de os reflexos nas importações só serem sentidos depois, o economista acha que os efeitos serão muito pequenos. Em 1999, foram substituídas as importações de produtos que não exigiam grandes investimentos. Agora, para um novo processo de substituição de importações, serão necessários pesados investimentos.


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