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QUEDA-DE-BRAÇO
Pesquisa do BC indica corte de 1 ponto
Indicadores melhoram e analistas prevêem queda da Selic para 18%
FABRICIO VIEIRA
Na esteira da melhora dos indicadores, analistas e economistas
consultados pela Folha apostam
em novo corte de um ponto percentual na taxa básica de juros.
Com risco-país, dólar e índices
de inflação em níveis considerados baixos pelo mercado, a expectativa é que o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncie amanhã a redução da Selic
dos atuais 19% para 18% ao ano.
"Dois são os principais fatores
que devem fazer o Copom optar
por um corte de um ponto. O
primeiro são os juros reais, que
ainda estão em um patamar
muito elevado. O outro é a contínua melhora das expectativas de
inflação", diz Roberto Padovani,
da consultoria Tendências.
Às vésperas da reunião do Copom em outubro, analistas projetavam um IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo)
para os próximos 12 meses de
6,3%. Hoje, a projeção é de 5,9%.
Ou seja, a expectativa é que mesmo com a retomada do crescimento os preços não serão pressionados, e o Banco Central não
teria de voltar a elevar os juros.
Pesquisa da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) com
53 instituições financeiras mostra que a previsão é que o Copom corte os juros até o fim do
ano, mas de forma branda. A
média das projeções aponta uma
Selic de 17,34% no fim do ano.
"Cada vez mais vamos nos
aproximar do que o BC considera uma taxa de juros reais de
equilíbrio, o que significaria
uma taxa num nível em que o
país pode crescer sem pressões
inflacionárias. O Copom deve
cortar um ponto agora e há espaço para mais um em dezembro",
diz Alexsandro Agostini, da consultoria Global Invest.
O levantamento semanal do
BC com analistas também apontou redução de um ponto.
Já na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato DI
-que considera os juros das
operações entre bancos- de
prazo de vencimento mais curto
fechou com taxa de 18,12%, projetando corte de um ponto.
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