DA REPORTAGEM LOCAL

Com o fim do acordo emergencial do setor automotivo no final deste mês, pelo menos três montadoras já confirmaram que vão alterar suas tabelas de preços: GM (General Motors), Ford e Fiat.
O acordo determinou a queda de três pontos percentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros de 6 de agosto ao dia 30 deste mês. Em troca, as empresas se comprometeram a não demitir.
No caso da GM, os preços vão subir, em média, entre 8% e 9%. A diretoria da empresa ainda não definiu quando será feito o reajuste nem se será escalonado ou feito de uma única vez. Mas, segundo a Folha apurou, deve ocorrer até meados de dezembro.
Na Fiat, não há decisão ainda quanto ao aumento, segundo informou a assessoria da empresa. Mas a montadora informou que, terminada a vigência da redução do IPI, a tabela de preços volta ao nível anterior, com o repasse de três pontos percentuais da alíquota do imposto.
No caso da Ford, a montadora confirmou aumento médio de 5% para toda a linha de carros a partir de dezembro. O reajuste na tabela de preços será feito de uma única vez. A data ainda não foi definida.
Como o governo já sinalizou que não vai renovar o acordo que reduziu o IPI, as montadoras já iniciaram pressão para que a redução seja estendida.
Na semana passada, o presidente da Ford, Antonio Maciel Neto, disse, em entrevista à agência de notícias Bloomberg, que, se o governo optasse pela manutenção da redução do IPI, o aumento nos preços seria menor. O reajuste salarial concedido aos metalúrgicos também seria motivo para o aumento nos preços.
(JOSÉ ALAN DIAS E CLAUDIA ROLLI)


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