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No varejo, taxa segue acima de 100%
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a redução na Selic anunciada ontem pelo Copom (Comitê
de Política Monetária), os juros
no varejo, que em novembro estavam em 105,13%, no acumulado
do ano, devem cair de forma ligeira e atingir 103,51% ao ano, em
média, em dezembro. A projeção
é da Anefac, entidade de executivos de finanças. Com isso, a queda nas taxas atinge 1,13%.
Nos bancos, os juros do cheque
especial devem baixar de 173,62%
em novembro para 171,52% em
dezembro, em média, ao ano por
conta da redução na taxa Selic.
Com isso, haverá redução de
0,8%, de acordo com a Anefac.
Os juros cobrados pelos bancos
no crédito direto ao consumidor
devem sofrer queda de 54,65%
em novembro, ao ano, para 53,4%
em dezembro.
A Anefac informou ontem como deve ficar, segundo estimativa, a nova taxa para as empresas
após a queda dos juros básicos.
Para obter capital de giro, a taxa
vai cair para 62,15% ao ano, em
dezembro. Em novembro estava
em 63,46% ao ano, em média.
Para descontar duplicatas, as
empresas irão pagar agora
64,22% ao ano -em novembro,
o juro para essa modalidade de
crédito estava em 65,54%.
Essas quedas geram economia
muito tímida para as contas das
empresas, na avaliação de economistas da Anefac.
Queda no cheque especial
A taxa média do cheque especial
caiu de 8,29% em novembro para
8,20% ao mês em dezembro, segundo o Procon-SP. Foi a oitava
queda consecutiva na taxa de juro
dessa modalidade de crédito.
Com essa redução, a taxa de juro do cheque especial atingiu o
menor patamar desde janeiro de
1995, quando a pesquisa do Procon-SP começou a ser feita.
A taxa de juro média do empréstimo pessoal também recuou.
Foi de 5,49% em novembro para
5,41% ao mês em dezembro. Foi a
menor taxa registrada desde setembro de 2001, quando o juro
desse tipo de empréstimo estava
em 5,28% ao mês.
Apesar das quedas nas taxas de
juros das operações de crédito, o
Procon-SP orienta os consumidores a serem cautelosos. "A captação de empréstimos só deve ocorrer se estritamente necessária",
disse Gustavo Marrone, diretor-executivo do Procon-SP.
Marrone lembra que, em janeiro, há ampliação de gastos com
impostos (IPVA e IPTU), além da
compra de material escolar e pagamento de matrícula.
O estudo, feito em 4 e 5 deste
mês, constatou que os 11 bancos
pesquisados reduziram as taxas
mensais de juros do cheque especial. No empréstimo pessoal, houve redução em nove instituições.
(ADRIANA MATTOS)
Colaborou a Folha Online
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