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São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

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No varejo, taxa segue acima de 100%

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a redução na Selic anunciada ontem pelo Copom (Comitê de Política Monetária), os juros no varejo, que em novembro estavam em 105,13%, no acumulado do ano, devem cair de forma ligeira e atingir 103,51% ao ano, em média, em dezembro. A projeção é da Anefac, entidade de executivos de finanças. Com isso, a queda nas taxas atinge 1,13%.
Nos bancos, os juros do cheque especial devem baixar de 173,62% em novembro para 171,52% em dezembro, em média, ao ano por conta da redução na taxa Selic. Com isso, haverá redução de 0,8%, de acordo com a Anefac.
Os juros cobrados pelos bancos no crédito direto ao consumidor devem sofrer queda de 54,65% em novembro, ao ano, para 53,4% em dezembro.
A Anefac informou ontem como deve ficar, segundo estimativa, a nova taxa para as empresas após a queda dos juros básicos. Para obter capital de giro, a taxa vai cair para 62,15% ao ano, em dezembro. Em novembro estava em 63,46% ao ano, em média.
Para descontar duplicatas, as empresas irão pagar agora 64,22% ao ano -em novembro, o juro para essa modalidade de crédito estava em 65,54%.
Essas quedas geram economia muito tímida para as contas das empresas, na avaliação de economistas da Anefac.

Queda no cheque especial
A taxa média do cheque especial caiu de 8,29% em novembro para 8,20% ao mês em dezembro, segundo o Procon-SP. Foi a oitava queda consecutiva na taxa de juro dessa modalidade de crédito.
Com essa redução, a taxa de juro do cheque especial atingiu o menor patamar desde janeiro de 1995, quando a pesquisa do Procon-SP começou a ser feita.
A taxa de juro média do empréstimo pessoal também recuou. Foi de 5,49% em novembro para 5,41% ao mês em dezembro. Foi a menor taxa registrada desde setembro de 2001, quando o juro desse tipo de empréstimo estava em 5,28% ao mês.
Apesar das quedas nas taxas de juros das operações de crédito, o Procon-SP orienta os consumidores a serem cautelosos. "A captação de empréstimos só deve ocorrer se estritamente necessária", disse Gustavo Marrone, diretor-executivo do Procon-SP.
Marrone lembra que, em janeiro, há ampliação de gastos com impostos (IPVA e IPTU), além da compra de material escolar e pagamento de matrícula.
O estudo, feito em 4 e 5 deste mês, constatou que os 11 bancos pesquisados reduziram as taxas mensais de juros do cheque especial. No empréstimo pessoal, houve redução em nove instituições.
(ADRIANA MATTOS)


Colaborou a Folha Online

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