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São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

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Dívida cresce 1,46%, mas governo comemora uma melhora do perfil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A dívida interna do governo federal em títulos cresceu 1,46% em novembro em relação a outubro, alcançando R$ 728,31 bilhões. Apesar do crescimento de R$ 10,4 bilhões, o governo comemora o resultado do mês pois houve melhora no perfil da dívida.
"O aumento da parcela prefixada [com rendimento definido antes do vencimento] e a redução da exposição cambial [títulos com correção pelo dólar] significam uma melhoria expressiva", disse o coordenador-geral de Dívida Pública, Paulo Valle.
No início do ano, 37% da dívida em títulos estava atrelada ao câmbio. Em novembro, essa parcela caiu para 23,82%. A redução foi resultado da estratégia do governo de aproveitar o momento de estabilidade da economia e resgatar papéis e swaps cambiais.
Em novembro, o resgate líquido desses instrumentos cambiais foi de R$ 6,6 bilhões. O resgate líquido acontece quando o governo retira do mercado mais títulos e contratos do que emite.
A previsão do governo é fechar 2003 com exposição cambial equivalente a 22% do total da dívida, volume comparável a dezembro de 2000. "Houve uma significativa redução da parcela cambial, o que reduz a vulnerabilidade do país. Não esperávamos que isso pudesse ser feito de forma tão acelerada", disse o chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco Central, Sérgio Goldenstein.
O aumento da participação de papéis prefixados na composição da dívida é uma boa notícia para o governo, pois esse tipo de título dá mais previsibilidade à administração da dívida. De 9,89% o total desses papéis subiu para 11,27% em novembro.
No mês passado, o total de títulos atrelados à Selic caiu de 51,08% para 50,19%. (JULIANNA SOFIA)


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