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Dívida cresce 1,46%, mas governo
comemora uma melhora do perfil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A dívida interna do governo federal em títulos cresceu 1,46% em
novembro em relação a outubro,
alcançando R$ 728,31 bilhões.
Apesar do crescimento de R$ 10,4
bilhões, o governo comemora o
resultado do mês pois houve melhora no perfil da dívida.
"O aumento da parcela prefixada [com rendimento definido antes do vencimento] e a redução da
exposição cambial [títulos com
correção pelo dólar] significam
uma melhoria expressiva", disse o
coordenador-geral de Dívida Pública, Paulo Valle.
No início do ano, 37% da dívida
em títulos estava atrelada ao câmbio. Em novembro, essa parcela
caiu para 23,82%. A redução foi
resultado da estratégia do governo de aproveitar o momento de
estabilidade da economia e resgatar papéis e swaps cambiais.
Em novembro, o resgate líquido
desses instrumentos cambiais foi
de R$ 6,6 bilhões. O resgate líquido acontece quando o governo retira do mercado mais títulos e
contratos do que emite.
A previsão do governo é fechar
2003 com exposição cambial
equivalente a 22% do total da dívida, volume comparável a dezembro de 2000. "Houve uma significativa redução da parcela
cambial, o que reduz a vulnerabilidade do país. Não esperávamos
que isso pudesse ser feito de forma tão acelerada", disse o chefe
do Departamento de Operações
do Mercado Aberto do Banco
Central, Sérgio Goldenstein.
O aumento da participação de
papéis prefixados na composição
da dívida é uma boa notícia para o
governo, pois esse tipo de título
dá mais previsibilidade à administração da dívida. De 9,89% o
total desses papéis subiu para
11,27% em novembro.
No mês passado, o total de títulos atrelados à Selic caiu de
51,08% para 50,19%.
(JULIANNA SOFIA)
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