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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Déficit do plástico é o maior desde 2000
A balança comercial brasileira de plásticos deve fechar este
ano com um déficit de US$ 250
milhões, o maior dos últimos
seis anos do setor, segundo previsão da consultoria MaxiQuim
Assessoria de Mercado, especializada no segmento químico.
Em novembro, as exportações de plásticos caíram 14%
em relação ao mês de outubro,
fechando em US$ 100,1 milhões. Já as importações caíram apenas 3,8%, atingindo
US$ 141,4 milhões.
O déficit comercial em novembro foi de US$ 41,3 milhões, um resultado 34,6% superior ao do mês anterior e praticamente o dobro do mesmo
mês de 2005. O déficit de novembro foi um dos maiores dos
últimos sete anos.
No acumulado do ano até novembro, o déficit do setor de
plásticos soma US$ 241,7 milhões, 41,6% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.
Segundo o engenheiro químico Otávio Carvalho, sócio da
MaxiQuim, o crescimento do
déficit na balança comercial do
setor de plásticos se deve essencialmente à sobrevalorização do real. Nos últimos três
anos, esse déficit tem sido crescente, depois de ter registrado
apenas US$ 112 milhões em
2003, o menor da história recente. A balança do setor sempre foi deficitária.
Com a valorização do câmbio, as exportações estão perdendo em competitividade e as
importações têm aumentado
significativamente. O plástico
brasileiro ficou caro.
O mais preocupante é que as
importações começam a invadir o mercado de produtos semi-acabados de plásticos fabricados no Brasil e que o país tem
folga suficiente para atender a
demanda interna. Um dos
exemplos é o Bopp, o polipropileno biorientado, que é utilizado em embalagens de maços de
cigarro e de CDs. O maior concorrente do Brasil não é a China, e sim países vizinhos como
Chile, Argentina e Peru. A China concorre em outras áreas,
como na de brinquedos de plástico, que são encontrados nas
lojas de R$ 1,99.
Apesar do crescimento preocupante do déficit comercial do
plástico, Otávio Carvalho não
teme que a sobrevalorização do
câmbio provoque nesse segmento os mesmos estragos
produzidos nas áreas têxtil e de
calçados. A diferença é que o
Brasil nunca chegou a ser um
grande exportador de plástico.
NEGÓCIOS À MESA
Acostumada com o meio empresarial, a chef Clo Dimet
criou um novo formato para os eventos que realiza em
parceria com grandes empresas. Com uma carteira de
clientes como IBM, DHL, Odebrecht, Unilever, a chef lançou as "confraternizações tailor made" nas duas casas
que comanda hoje, o Clo Restaurante e o La Table. A
idéia, segundo ela, "é usar a gastronomia para outros
fins". Clo diz ter percebido que uma equipe pode aprender muito sobre planejamento numa aula de gastronomia
ou em uma degustação. A partir de uma solicitação da
empresa, ela desenvolve o formato mais adequado de
evento, como uma aula para fazer receitas em equipe, por
exemplo. Há opções de degustação, palestras e workshops
com sommeliers, além de aulas de gastronomia.
MEMÓRIA NUCLEAR
A Aben (associação de
energia nuclear) lança hoje
dois livros que fazem parte
do seu projeto de resgate da
memória da energia nuclear
no país. "Renato Archer
Energia Atômica, Soberania
e Desenvolvimento" e "O
Fogo dos Deuses", de Guilherme Camargo. A apresentação do livro de Archer é
do deputado Aldo Rebelo.
RESTAURADO
A Fecap (Fundação Escola
de Comércio Álvares Penteado) concluiu o restauro
de sua fachada em estilo "art
nouveau" , projetada pelo
arquiteto Carlos Eckman.
Até quarta, o prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico, estará aberto ao público.
O restauro teve investimento de R$ 400 mil, com recursos da própria fundação.
PRODUÇÃO
A Voith Paper aumentou a
capacidade de produção da
área da secagem de celulose
da Cenibra, em Belo Oriente
(MG). Foi o resultado de investimento de US$ 19,5 milhões no sistema. Após 14
meses de trabalho, houve
aumento na capacidade nominal de produção de 970
mil para 1,14 milhão de toneladas de celulose ao ano.
ESTETOSCÓPIO
As importadoras de equipamentos e produtos médico-hospitalares movimentaram cerca de US$ 1,6 bilhão
de janeiro a outubro -crescimento de 17%, em comparação ao mesmo período de
2005-, apesar das greves na
Receita e na Anvisa, que prejudicaram o setor no primeiro semestre, segundo a Abimed (associação do setor).
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