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Malha do país requer R$ 54,5 bi em obras, diz CNT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O país precisará de R$ 54,5
bilhões em obras ferroviárias
até 2025, de acordo com pesquisa feita pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). A maior parte dos
recursos (R$ 39,7 bilhões)
deverá ser aplicada em novos
trechos. O restante, dividido
entre duplicação, recuperação e eliminação de gargalos.
Foram ouvidos 131 usuários de ferrovias (grandes
empresas) entre novembro e
dezembro.
Com base nos dados da
pesquisa, a CNT avaliou que
a rede ferroviária do país
precisa aumentar dos atuais
29,8 mil quilômetros para
40,8 mil quilômetros.
Além das obras já previstas
pelo governo no PAC, como
Transnordestina, Oeste-Leste e Norte-Sul, seria necessário construir a Litorânea Sul
(ES) e trechos de Alto Araguaia (MT) a Rondonópolis
(MT) e de Inocência (MS) a
Águas Claras (MS) e ampliar
a malha em Santa Catarina.
A pesquisa identificou a
existência de vários gargalos
nas ferrovias. São principalmente passagens de nível
(cruzamento com uma rodovia ou rua) e invasões de faixa
de domínio (como o crescimento de favelas nas margens da via férrea, como
acontece na região do porto
do Rio de Janeiro). São 2.659
passagens de nível e 327 invasões consideradas críticas.
Quando um trem passa
por um desses locais, precisa
diminuir muito a velocidade,
o que atrasa a entrega da carga no porto. A velocidade
média dos trens já é baixa, de
25 km/h, e cai para 5 km/h
nos trechos críticos.
Para solucionar o problema das ocupações irregulares, a CNT propôs parcerias
entre os órgãos do governo
envolvidos (Secretaria de
Portos, Ministério das Cidades, prefeituras) e as concessionárias do serviço.
Em relação à necessidade
de investimento, a entidade
avalia que o governo deveria
dar estímulo à indústria ferroviária nacional, com redução de juros para financiamentos de longo prazo.
Ainda segundo a pesquisa,
houve melhora na qualidade
dos serviços desde que a malha ferroviária deixou de ser
administrada pela extinta
RFFSA (estatal) e foi arrendada à iniciativa privada.
Em 8 dos 13 corredores, a
maior parte dos atuais clientes passou a usar a ferrovia
depois da privatização, realizada há 11 anos.
Entre 1997 e 2007 os arrendatários privados investiram R$ 18,8 bilhões, e a
União, R$ 1 bilhão. O transporte de carga aumentou de
253,3 milhões de toneladas,
em 1997, para 459,7 milhões
de toneladas no ano passado.
Ao final deste ano, deverá ter
chegado a 492,2 milhões de
toneladas. Entre 1997 e
2008, o número de acidentes
teve queda de 80,7%.
Os principais produtos
transportados por ferrovias
são minério, soja e combustível. O minério de ferro corresponde a 75,6% do total
transportado.
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