São Paulo, segunda-feira, 19 de janeiro de 2004

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FRAUDE

Executivo colabora com Justiça

Diretor fará balanço "correto" da Parmalat

DA REDAÇÃO

O ex-diretor-financeiro da Parmalat, Fausto Tonna, sairá hoje da prisão e voltará à sede do grupo, em Parma (norte da Itália), para ajudar a elaborar o verdadeiro balanço da empresa e explicar como se chegou ao rombo de 10 bilhões na sua contabilidade.
Tonna trabalhará ao lado do ex-contador da empresa Gianfranco Bocchi, que também está preso. "Examinaremos com eles uma montanha de documentos que por razões práticas não pudemos transportar ao tribunal", disse Antonella Ioffredi, um dos juízes que investiga o caso.
Desde que foi preso, em 31 de dezembro, Fausto Tonna tem colaborado de forma ativa com a Justiça. Em sua defesa, afirma que foi apenas um executor das ordens do fundador da Parmalat, Calisto Tanzi, 65, de quem foi braço direito por 15 anos.
Durante depoimento que deu na quarta-feira, Tonna negou que a Parmalat no Brasil tenha dado contribuições financeiras a partidos políticos no Brasil, onde a empresa tem negócios que representam de 20% a 25% de suas vendas mundiais. "Com relação ao Brasil, devo excluir que tenham sido dadas contribuições a partidos políticos", declarou Tonna.

América Latina
Interrogado cinco vezes durante quase 50 horas, Tonna relatou as complexas operações do grupo italiano, presente em mais de 30 países, em especial em quase toda a América Latina. A Parmalat entrou no Brasil nos anos 70 e hoje tem cerca de 6.000 empregados.


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