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FRAUDE
Executivo colabora com Justiça
Diretor fará balanço "correto" da Parmalat
DA REDAÇÃO
O ex-diretor-financeiro da Parmalat, Fausto Tonna, sairá hoje
da prisão e voltará à sede do grupo, em Parma (norte da Itália),
para ajudar a elaborar o verdadeiro balanço da empresa e explicar
como se chegou ao rombo de 10
bilhões na sua contabilidade.
Tonna trabalhará ao lado do ex-contador da empresa Gianfranco
Bocchi, que também está preso.
"Examinaremos com eles uma
montanha de documentos que
por razões práticas não pudemos
transportar ao tribunal", disse
Antonella Ioffredi, um dos juízes
que investiga o caso.
Desde que foi preso, em 31 de
dezembro, Fausto Tonna tem colaborado de forma ativa com a
Justiça. Em sua defesa, afirma que
foi apenas um executor das ordens do fundador da Parmalat,
Calisto Tanzi, 65, de quem foi braço direito por 15 anos.
Durante depoimento que deu
na quarta-feira, Tonna negou que
a Parmalat no Brasil tenha dado
contribuições financeiras a partidos políticos no Brasil, onde a empresa tem negócios que representam de 20% a 25% de suas vendas
mundiais. "Com relação ao Brasil,
devo excluir que tenham sido dadas contribuições a partidos políticos", declarou Tonna.
América Latina
Interrogado cinco vezes durante quase 50 horas, Tonna relatou
as complexas operações do grupo
italiano, presente em mais de 30
países, em especial em quase toda
a América Latina. A Parmalat entrou no Brasil nos anos 70 e hoje
tem cerca de 6.000 empregados.
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