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MERCADO FINANCEIRO
Reunião do Copom começa hoje; expectativa em relação à inflação deverá, novamente, inibir corte
Para analistas, juro permanecerá em 19%
DA REPORTAGEM LOCAL
O Copom (Comitê de Política
Monetária) deverá manter os juros brasileiros em 19% ao ano
após sua reunião deste mês, que
começa hoje. A decisão será
anunciada amanhã.
A maior parte dos analistas de
mercado afirma que ainda é cedo
para o Banco Central abandonar a
sua cautela e, por isso, a Selic continuará inalterada pelo sétimo
mês consecutivo.
A principal razão apontada pelas atas do Copom para manter os
juros nas últimas reuniões são os
indicadores de inflação. Em janeiro, eles superaram as estimativas.
As primeiras prévias deste mês
apontam para uma inflação sob
controle. Mas o problema está no
"apontam". Para reduzir as taxas,
o BC irá esperar por claros sinais
de queda da inflação -como um
índice fechado, mostrando uma
baixa consistente.
Para este mês, é esperada uma
queda nos indicadores de inflação, em especial por um recuo no
preço dos alimentos -item que
subiu muito em janeiro, devido
ao aumento das chuvas-, pela
extinção da sobretaxa nas contas
de energia, com o fim do racionamento, e por uma esperada queda
nos preços dos combustíveis.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para
os juros permaneceram abaixo da
Selic. Os contratos de prazo menor, para março, encerraram em
18,93%. Os contratos de julho, os
que concentram maior número
de negócios, fecharam em 18,78%
ante os 18,82% da sexta-feira.
A liquidez dos contratos para
outubro tem subido nos últimos
dias. Eles fecharam em 18,95%. A
queda das taxas no mercado futuro, iniciada na semana passada,
reflete uma certeza de que os juros serão reduzidos -e, para o
mercado, as chances de isso acontecer neste trimestre são grandes.
Sondagem realizada pela Reuters apurou que 19 dos 20 economistas consultados esperam que
o BC mantenha as taxas.
Feriado nos EUA
O feriado do Dia do Presidente
nos EUA reduziu a liquidez dos
negócios no mercado financeiro
ontem. Em um dia fraco e sem
grandes notícias, o dólar encerrou
o dia valendo R$ 2,435, com valorização de 0,32%.
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou com queda de 0,81%, em
dia de vencimento de opções. O
volume negociado ficou em R$
812,409 milhões.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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