ELIANE MENDONÇA
EDITORA-ASSISTENTE DA FOLHA VALE

MARCOS DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE

Uma pane impediu ontem o vôo inaugural do Embraer 170, o mais novo jato regional produzido pela fabricante brasileira de aviões, em São José dos Campos (91 km de São Paulo).
O problema ocorreu no FTI (Fly Test Instrumentation), que se parece com um pára-quedas e é usado em vôos de teste. Acoplado à cauda, ajuda o sistema de freio.
Cerca de mil funcionários da empresa ficaram aguardando na margem da pista de taxiamento para assistir ao vôo, das 12h às 14h30 de ontem. Ansiosos, os funcionários ficaram na expectativa desde o momento em que a aeronave deixou a "Rosa dos Ventos" (local onde acontecem os testes de motor), com a ajuda de um rebocador, por volta do meio-dia.
Segundo a Folha apurou, a aeronave iria fazer um percurso com duração de cerca de duas horas, tempo suficiente para que o jato fosse até Gavião Peixoto, na região de Araraquara (273 km de SP), fizesse uma arremetida e retornasse à sede da empresa, em São José dos Campos.
De acordo com informações da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), além dos motivos técnicos, um outro problema que teria impedido o vôo foi o mau tempo, já que, para um vôo de teste, seria necessário que a aeronave tivesse condições de voar a 23 mil pés, com perfeitas condições visuais.
Após duas horas e meia de espera, os funcionários foram avisados do cancelamento do vôo, sem receber explicações sobre os motivos que levaram a empresa a adiar o vôo inaugural.
Segundo funcionários ouvidos pela Folha, o vôo acontecerá hoje, por volta das 7h30. A Embraer informou que não se pronunciaria sobre os motivos pelos quais o Embraer 170 não realizou o vôo inaugural ontem, alegando se tratar de um "assunto interno".



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