São Paulo, terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

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Abin e PF fazem reunião em Brasília para tratar do furto

ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em reunião ontem em Brasília, os principais órgãos de segurança do governo reconheceram possível fragilidade no sistema de transporte de dados sigilosos da Petrobras e decidiram centralizar, no Rio de Janeiro, a comunicação sobre o furto de informações reservadas sobre a prospecção de petróleo em águas brasileiras, que tem sido tratada como assunto do Estado.
A reunião ocorreu ontem pela manhã, na sede da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), em Brasília. Além de seu diretor, Paulo Lacerda, teve a participação de seu superior, o ministro Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional), do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz Fernando Corrêa.
A nota divulgada pelo ministério afirma que "a reunião tratou do regime de colaboração entre a Agência Brasileira de Inteligência e a Polícia Federal na investigação do furto de materiais reservados de um contêiner da Petrobras".
Diz também que "as investigações já estão em andamento e, independentemente da motivação do crime, elas revestem-se de importância, em função da possível fragilidade do sistema de segurança para o transporte de informações reservadas, que o episódio evidenciou".
A Polícia Federal ficou à frente do caso, tendo sido destacado para falar sobre o andamento das investigações o superintendente da sua regional fluminense, o delegado Valdinho Caetano.
Segundo a Folha apurou, no entendimento da Abin, não se pode a priori dizer que houve erro da Petrobras ao escolher o transporte de dados sigilosos por meio de contêiner. Pacífico é que faltou equipe de segurança adequada para acompanhar o transporte das informações estratégicas da estatal, maior empresa brasileira.
Também conforme a reportagem apurou, a perícia irá apontar as dificuldades de chegar a um laudo conclusivo diante de um local "inidôneo" para o trabalho de análise, conforme já revelado pela Folha.
O furto foi descoberto somente no dia 31 de janeiro, quando foi descarregado no pátio da empresa Halliburton, em Macaé, município que é a base da Petrobras na bacia de Campos. No entanto, o contêiner com os computadores levados saiu da bacia de Santos no dia 18.
Por meio da assessoria de imprensa, a PF informou que a perícia sobre o caso tem sido tratada como assunto prioritário.


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