|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Abin e PF fazem reunião em Brasília para tratar do furto
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião ontem em Brasília, os principais órgãos de segurança do governo reconheceram possível fragilidade no sistema de transporte de dados sigilosos da Petrobras e decidiram centralizar, no Rio de Janeiro, a comunicação sobre o
furto de informações reservadas sobre a prospecção de petróleo em águas brasileiras, que
tem sido tratada como assunto
do Estado.
A reunião ocorreu ontem pela manhã, na sede da Abin
(Agência Brasileira de Inteligência), em Brasília. Além de
seu diretor, Paulo Lacerda, teve
a participação de seu superior,
o ministro Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional),
do ministro da Justiça, Tarso
Genro, e do diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz
Fernando Corrêa.
A nota divulgada pelo ministério afirma que "a reunião tratou do regime de colaboração
entre a Agência Brasileira de
Inteligência e a Polícia Federal
na investigação do furto de materiais reservados de um contêiner da Petrobras".
Diz também que "as investigações já estão em andamento
e, independentemente da motivação do crime, elas revestem-se de importância, em função da possível fragilidade do
sistema de segurança para o
transporte de informações reservadas, que o episódio evidenciou".
A Polícia Federal ficou à
frente do caso, tendo sido destacado para falar sobre o andamento das investigações o superintendente da sua regional
fluminense, o delegado Valdinho Caetano.
Segundo a Folha apurou, no
entendimento da Abin, não se
pode a priori dizer que houve
erro da Petrobras ao escolher o
transporte de dados sigilosos
por meio de contêiner. Pacífico
é que faltou equipe de segurança adequada para acompanhar
o transporte das informações
estratégicas da estatal, maior
empresa brasileira.
Também conforme a reportagem apurou, a perícia irá
apontar as dificuldades de chegar a um laudo conclusivo
diante de um local "inidôneo"
para o trabalho de análise, conforme já revelado pela Folha.
O furto foi descoberto somente no dia 31 de janeiro,
quando foi descarregado no pátio da empresa Halliburton, em
Macaé, município que é a base
da Petrobras na bacia de Campos. No entanto, o contêiner
com os computadores levados
saiu da bacia de Santos no dia
18.
Por meio da assessoria de
imprensa, a PF informou que a
perícia sobre o caso tem sido
tratada como assunto prioritário.
Texto Anterior: 45 pessoas tinham chave de contêiner Próximo Texto: Aquisição: GP confirma interesse em ativos da Exxon Mobil na AL Índice
|