A crise das montadoras americanas será positiva para o Brasil, diz Luiz Carlos Mello, ex-presidente da Ford e diretor do centro de pesquisas CEA (Centro Estudos Automotivos). "O Brasil não irá sofrer. Ao contrário, irá ganhar com essa crise", afirma Mello.
Nesta semana, as montadoras americanas anunciaram a demissão de mais de 50 mil funcionários em todo o mundo. GM e Chrysler pediram ao governo americano mais US$ 21,6 bilhões. Em dezembro, elas já tinham recebido um empréstimo de US$ 17,4 bilhões do governo Bush.
Segundo Mello, a reestruturação obrigatória das montadoras nos EUA fortalecerá operações mais flexíveis e lucrativas, em países com boas perspectivas de mercado. "Estamos falando dos Brics e, entre eles, o Brasil é de longe o país com a melhor conjunção de fatores para ser beneficiado", diz ele. "Temos inteligência automotiva consolidada, do ponto de vista do pessoal, da técnica e da tecnologia, além de um mercado que demanda por produtos."
Mello cita o caso da GM, que já anunciou a transferência da produção de um modelo que antes seria feito no México, para o Brasil. Outras montadoras, em sua opinião, devem seguir o mesmo caminho.
Para ele, mesmo que as matrizes entrem em concordata, não deverá haver vampirização das subsidiárias. "Por mais que tirem daqui, eles não resolverão o problema de lá", afirma. "Além disso, seria um erro emagrecer operações que são lucrativas, em detrimento de outras que precisam ser recriadas e repensadas."
Benefícios dados pelas montadoras a seus empregados nos EUA serão, necessariamente, eliminados. De acordo com Mello, os cortes serão passos rumo à realidade, e não passos dados para trás, com relação aos direitos dos trabalhadores. Isso porque os benefícios, como planos de saúde e de aposentadoria milionários, foram concedidos com a ânsia de aumento de produção, em um momento específico do mercado. Com o tempo, os custos se revelaram impagáveis.
Mello afirma, ainda, que os consumidores brasileiros não devem temer comprar carros dessas marcas. Isso porque, em cada país, as operações são autônomas. Os projetos mundiais também dificilmente serão abandonados.

CAÇA:
EMPRESAS FRANCESAS BUSCAM NEGÓCIOS NO SETOR DE DEFESA BRASILEIRO
Cerca de 25 empresas francesas participarão de um encontro com empresários brasileiros para viabilizar negócios no setor de defesa, no dia 3, na Fiesp. Trata-se de uma tentativa de aproximação entre os fornecedores franceses com potenciais parceiros brasileiros para a produção de caças no país. Um dos maiores interessados é o consórcio Rafale Internacional, que concorre à venda de caças à FAB.

BEM LEMBRADO
A Toyota é a marca mais valiosa do Japão, avaliada em US$ 31,57 bilhões. As informações são de análise da Interbrand, consultoria especializada em pesquisa de marcas, publicada ontem pela Bloomberg. Das dez marcas mais valiosas, quatro são de veículos e seis de eletroeletrônicos.

FORA DA MODA
A Luminosidade, empresa responsável pela São Paulo Fashion Week, vai expandir suas ações para além das passarelas neste ano. A empresa pretende realizar eventos como seminários com nomes da moda no Brasil e na França, lançamentos de livros e exposições, em São Paulo, Paris e outros locais, segundo Gustavo Bernhoeft, diretor-geral da Luminosidade.

TIJOLO
A Caixa Econômica criou em dezembro a Mesa Corporate de Habitação, para viabilizar contratação de capital de giro com recursos da poupança a empresas da construção civil. A mesa também atende às construtoras na análise e operacionalização da linha de financiamento à produção de unidades residenciais habitacionais e imóveis na planta. Nessa modalidade, a Caixa está analisando pedidos de R$ 2,6 bilhões.

INVESTIMENTO
A Odebrecht planeja investir mais de R$ 19 bilhões de 2009 a 2011. Para programas de saneamento básico, serão R$ 2,8 bilhões. A estimativa de faturamento para 2009 é de R$ 46 bilhões.

CONCENTRAÇÃO
O Camarote Bar Brahma, há nove anos no Anhembi, ampliou seu espaço em 1.000 m2 e neste ano terá 4.000 m2 para receber cerca de 2.500 pessoas por noite. Também foram adquiridos 300 lugares na arquibancada, acessados por meio de um túnel, para o público do camarote.

FANTASIA
No mesmo camarote, a Coral estreia no patrocínio do Carnaval de São Paulo. A marca terá uma vitrine de vidro na qual um artista plástico pintará o Masp, o Viaduto do Chá e a fachada do próprio Bar Brahma. Ao lado do palco de shows, serão retratados o Teatro Municipal e a Oca.

LEÃO
O sistema tributário consumirá boa parte dos ganhos trazidos pelo novo salário mínimo, para os trabalhadores que têm salário menor. Quem recebe até dois mínimos por mês paga 48,8% da sua renda em tributos. Já os que ganham acima de 30 salários mínimos pagam 26,3% da renda em tributos.

CAIXA AUTOMÁTICO
O Banco do Brasil investirá R$ 230 milhões neste ano na modernização da rede de caixas eletrônicos -R$ 30 milhões a mais do que em 2008. Segundo José Luis Salinas, vice-presidente de tecnologia do BB, a meta é substituir quase 8.000 terminais neste ano, que representam cerca de 20% do total.

TROCO EM MOEDAS
Entre as novidades dos novos terminais, está a possibilidade de digitalizar cheques e o fornecimento de troco em moedas para o pagamento de contas. "Tecnologia é um investimentos permanente, já que mais de 70% das transações do banco são feitas pelos terminais", diz Salinas.

SERPENTINA
Santa Catarina é o lugar mais procurado como destino neste Carnaval, segundo o Zura!, portal de comparação de preços da Ideiasnet. O Estado teve 49% das buscas, seguido pelo Rio de Janeiro (24%) e São Paulo (20%).

SAÚDE
A Bradesco Saúde foi a única operadora que comercializa planos ambulatoriais, hospitalares e odontológicos que registrou a pontuação máxima no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar apurado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

IMPOSTO
Jeffrey Owens (OCDE) será um dos palestrantes do seminário internacional sobre o projeto brasileiro de reforma tributária, promovido pela CNI nos dias 3 e 4 de março, em Brasília. Guido Mantega (Fazenda), Lina Maria Vieira (Receita Federal), José Sarney (Senado) e Michel Temer (Câmara) estão entre os participantes.

NOVA ORTOGRAFIA
A Vulcabras resolveu adequar sua marca Azaleia ao novo acordo ortográfico, que determina que os ditongos abertos "ei" e "oi" das paroxítonas deixem de ser acentuados. "Pelo acordo, poderíamos manter a grafia original por se tratar de uma marca, mas decidimos nos atualizar para garantir uma imagem moderna e atual das nossas marcas", diz Nádia Kirsch, gerente de marketing. A mudança se estende também à marca institucional Vulcabras/Azaleia.

CONTROLE REMOTO
"É possível aprender lições de administração assistindo ao programa Big Brother?" foi a pergunta feita pelo site administradores.com.br a 8.500 usuários. Quase metade dos entrevistados responderam que não e que o programa é pura perda de tempo. Mas 44,91% acreditam que sim, principalmente sobre a vida em grupos, liderança e picuinhas típicas do mundo organizacional.

VAGÃO
A Santa Fé Vagões vai apresentar a tecnologia do vagão Sider na Feira Railways and Harbours, na Cidade do Cabo, de 4 a 6 de março. O modelo foi desenvolvido para transportar principalmente produtos embalados, como cimento e celulose.