São Paulo, quinta, 19 de fevereiro de 1998

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Mitsubishi emite bônus para saldar dívida

das agências internacionais

A indústria de máquinas pesadas japonesa Mitsubishi Heavy, que pertence ao grupo de mesmo nome, terá de emitir bônus de cerca de US$ 813 milhões para honrar suas dívidas.
A medida está sendo adotada devido à resistência de bancos locais em conceder crédito.
A Mitsubishi Heavy, considerada a maior do país no setor, reduziu em 25% sua previsão de faturamento neste ano.
A empresa anunciou ainda que terá queda de 37% nos resultados referentes a 1997, em comparação com o ano anterior.
Desde o final do ano passado, a Mitsubishi Heavy vem tentando obter crédito junto a bancos japoneses, que, segundo recomendações do governo, estão sendo mais rigorosos na concessão de empréstimos.
Os bônus serão emitidos para quitar dívidas causadas pela queda das exportações de produtos da empresa a países do Sudeste Asiático.
Governos e empresários da região devem à Mitsubishi Heavy cerca de US$ 3,16 bilhões, segundo divulgou a empresa. Ontem, as ações da empresa na Bolsa de Tóquio tiveram queda de 7,2%.
Seguradora
A empresa norte-americana GE Capital Services, do grupo General Electric, anunciou ontem que vai absorver, a partir de abril, a seguradora japonesa Toho Mutual Life Insurance, atualmente em dificuldades financeiras.
A nova empresa, que terá 90% do controle em mãos norte-americanas, terá capital avaliado em cerca de US$ 290 milhões.
Até o final de setembro passado, a Toho possuía aproximadamente US$ 800 milhões em créditos irrecuperáveis ou considerados de recuperação duvidosa.
A GE Capital Services é uma das principais empresas financeiras não-bancárias do mundo, com mais de 50 mil funcionários.
Taiwan
O governo de Taiwan anunciou ontem a diminuição de 6,7% para 6,2% em sua previsão de crescimento em 1998. A inflação deve chegar a 3,1% anuais.
Nas primeiras seis semanas deste ano, o comércio exterior de Taiwan registrou déficit de US$ 575 milhões, segundo o Ministério das Finanças. O informe oficial atribui os baixos resultados à crise financeira nos países do Sudeste Asiático e à queda da moeda local.
Hong Kong
O secretário de Finanças de Hong Kong, Donald Tsang, anunciou ontem que haverá diminuição de impostos na região para reduzir o impacto da crise asiática.
O PIB (Produto Interno Bruto) local terá redução de 1,5 ponto percentual e será de 3,5%.



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