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No Brasil, dúvida é apenas sobre o tamanho do corte
ANA PAULA RAGAZZI
DA REPORTAGEM LOCAL
Economistas e analistas do
mercado acreditam que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central irá
reduzir os juros brasileiros em
reunião que começa hoje.
A única dúvida é sobre o tamanho do corte: a maioria fala
que ele será de 0,25 ponto percentual. Mas há quem espere
uma redução de meio ponto.
Atualmente, a Selic, taxa básica
de juros da economia, está em
18,75% ao ano. A decisão será
anunciada amanhã.
Há dois motivos principais
apontados para justificar a
queda. A ata da última reunião
do Copom, em fevereiro, indicava um relaxamento da política monetária. Segundo o documento, fatos do ano passado,
como as crises de energia e da
Argentina e os atentados nos
EUA, ainda terão impacto na
inflação deste ano. O efeito poderá ser de meio a um ponto.
Assim, de nada adiantaria tentar conter os indicadores de inflação por meio dos juros.
Além disso, há o fato de o risco-país brasileiro ter caído para
seu menor nível em um ano na
semana passada.
"O que falta é definir o ritmo
da queda", diz Alexandre Bassoli, economista-chefe do
HSBC Investment Bank. "E me
parece que a cautela é a melhor
opção", diz Bassoli, que acredita em baixa de 0,25 ponto.
Ele avalia que a economia
apresenta sinais de reaquecimento e os indicadores de inflação ainda têm queda menor
do que a esperada.
O economista-chefe do
BankBoston, José Antonio Pena, crê em corte de meio ponto.
"A inflação não está nos níveis desejados. Mas já não estava antes. O que importa é que
ela está em queda." Ainda segundo Pena, o cenário econômico não aponta pressões inflacionárias. "A indústria dá sinais de retomada, mas no comércio e no consumo ela se mostra mais lenta", afirma.
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