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BANCOS
Resultado, de R$ 1,63 bi, foi o quinto maior do setor bancário em 2002
Lucro do Citibank cresceu 170,3%
DA REPORTAGEM LOCAL
O Citibank conseguiu um lucro
líquido de R$ 1,63 bilhão em suas
operações no Brasil no ano passado. O resultado foi 170,3% superior ao registrado em 2001. Dentre
as maiores instituições financeiras que operam no país, o lucro
obtido pelo Citibank foi o quinto
maior. Quem apresentou o maior
lucro líquido em 2002 foi o Banespa: R$ 2,8 bilhões.
Os ativos totais da instituição
apresentaram um significativo
crescimento no ano passado
-27% em relação a 2001-, alcançando os R$ 28,25 bilhões.
A rentabilidade do Citibank foi
destaque no resultado do ano passado. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido da instituição
chegou a 44,2%.
Para o presidente do banco,
Gustavo Marín, os ganhos com a
valorização do dólar diante do
real tiveram participação significativa no crescimento do lucro e
na rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco em 2002.
"Ganhamos bem em todos os
nossos negócios, mas a variação
cambial teve um comportamento
importante, principalmente o
mercado local", afirmou o presidente do banco. Segundo ele, do
lucro registrado no ano passado,
cerca de R$ 600 milhões são referentes aos ganhos com a variação
cambial.
Ganho em alta
Não foi apenas a rentabilidade
do Citibank que cresceu muito. A
rentabilidade do setor bancário
em 2002 foi recorde. Estudo recente realizado pela consultoria
Austin Asis, feito a partir do balanço de 19 bancos, mostra que a
rentabilidade média em 2002 ficou em torno de 24,5%. Em 2001,
a rentabilidade média tinha sido
de 19,1%.
Na avaliação de Marín, quando
forem eliminadas as incertezas
em torno da guerra entre os Estados Unidos e Iraque, a tendência é
que diminua a aversão ao risco
nos mercados, principalmente
em relação ao Brasil.
"Uma vez eliminadas as incertezas sobre a guerra poderá haver
um movimento favorável. Já dará
para o investidor diversificar. E o
Brasil é o primeiro da fila, porque
os títulos do país, como os C-Bonds, estão baratos", disse ele.
O executivo, porém, evitou falar
na possibilidade de a guerra ser
longa. "Sempre trabalhamos com
o cenário mais provável", disse
ele, que espera que o conflito,
acontecendo, seja rápido. "Em 88
anos que estamos no Brasil ocorreu muita coisa pior do que a
guerra", disse Marín.
Colaborou Ivone Portes, da Folha Online
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