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INVESTIMENTOS
Nova tributação poderia gerar saídas de dólares
BC incentiva permanência de
fundos estrangeiros no país
da Sucursal de Brasília
O Banco Central permitiu ontem
que os investimentos estrangeiros
de interesse coletivo (que representam instituições) aplicados em
FIFs possam migrar para fundos
de renda fixa de capital estrangeiro sem que os recursos saiam do
país.
A medida foi adotada para evitar
que esses recursos abandonem definitivamente o país devido à nova
tributação sobre os FIFs (Fundos
de Investimento Financeiro), que
começa a vigorar a partir de 1º de
julho próximo.
Até 30 de junho, os FIFs pagam
20% de IR (Imposto de Renda) no
resgate. A partir de 1º de julho, pagarão diariamente 20% sobre a valorização das cotas, enquanto as
aplicações em renda fixa de capital
estrangeiro pagarão apenas 15%
de IR no resgate.
Segundo a chefe do Denor (Departamento de Normas) do BC,
Lígia Benevides, há mais de R$ 1
bilhão de investimentos estrangeiros de interesse coletivo aplicados
hoje em FIFs.
"Os investidores estrangeiros estavam querendo sair dos FIFs por
conta do Imposto de Renda. As
aplicações ficarão menos atrativas
e por isso estamos acenando com
a possibilidade de uma operação
simultânea", disse ela.
Antes da medida anunciada ontem, para sair dos FIFs e aplicar na
modalidade renda fixa de capital
estrangeiro, os investimentos de
interesse coletivo tinham que deixar o país e poderiam não voltar
mais. Por isso, o BC permitiu simplificar a operação sem que o dinheiro necessite deixar o Brasil.
O prazo estipulado pelo BC para
que esse recursos mudem para
aplicações em renda fixa será de 60
dias a partir de hoje.
Para tornar essa operação ainda
mais atrativa, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, deve assinar
portaria isentando a transferência
do pagamento do IOF de 2%.
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