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MERCADO FINANCEIRO
Investidores preferem esperar pela estréia do novo sistema, na segunda; Bolsa tem queda de 1,1%
"Bug" do novo SPB diminui negócios
DA REPORTAGEM LOCAL
O receio do "bug" do novo SPB
(Sistema de Pagamentos Brasileiro) secou o mercado de câmbio
ontem. Com poucos negócios, a
cotação da moeda norte-americana ficou em R$ 2,328, com uma
pequena alta de 0,17% em relação
à cotação do dia anterior.
Na próxima segunda-feira, começa a operar o novo SPB. A
maioria dos operadores resolveu
reduzir os negócios para evitar
qualquer tipo de problema que o
início do novo sistema possa trazer. "Está todo mundo um pouco
aflito. O resultado é que o mercado resolveu tirar o pé do acelerador e esperar", afirmou João Medeiros, da corretora Pionner.
A cotação da moeda norte-americana chegou a bater em R$
2,342, valor 0,77% maior que o do
fechamento de quarta-feira. Segundo operadores, o mercado
passou por alguns momentos de
nervosismo por conta da colisão
de um avião contra um edifício
em Milão, na Itália. O acidente influenciou também os pregões
norte-americanos, por causa do
receio de que o choque pudesse
ser um novo atentado terrorista.
A decisão do BC de rolar apenas
o principal da dívida cambial de
R$ 4,648 bilhões que vencia ontem também ajudou, segundo
operadores, a dar suporte à cotação do dólar. "O BC não diz explicitamente. Mas o mercado avalia
que R$ 2,30 é o limite inferior da
cotação do dólar", diz Medeiros.
A Bovespa operou em baixa durante todo o pregão e ficou nos
13.573 pontos, uma queda de
1,1%. Como no mercado de câmbio, a espera pelas mudanças do
SPB também minguou os negócios na Bolsa, que movimentou
R$ 561 milhões, quase metade do
R$ 1,041 bilhão do dia anterior. "O
mercado ficou um pouco "mal-humorado" porque o BC decidiu
manter os juros", diz Pedro Marcondes, da corretora Equação.
Ontem, a Febraban (Federação
Brasileira das Associações de
Bancos) confirmou que, a partir
de segunda-feira, com o início do
novo SPB, os pagamentos de operações de Bolsa terão um tratamento diferenciado dos demais.
Na segunda-feira, será lançado
o TED (Transferência Eletrônica
Disponível), que permitirá a
transferência de recursos em tempo real. Os correntistas de bancos
só poderão fazer TEDs acima de
R$ 5 milhões. Para valores menores, a única exceção será aberta
aos investidores de Bolsa, que poderão liquidar suas operações por
meio de TEDs de qualquer valor.
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