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Consumidor pagará por perdas de distribuidoras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Além do tarifaço imposto pela
governo federal para tentar fazer a
população brasileira economizar
energia elétrica, os consumidores
poderão ter de pagar pelos prejuízos que o plano de racionamento
trará às empresas distribuidoras
de energia elétrica.
Os contratos de concessão prevêem que despesas inesperadas e
excepcionais, como o racionamento de energia, podem ser repassadas para o preço da tarifa ao
consumidor.
As distribuidoras de energia elétrica já avisaram que vão pedir ao
governo federal um reajuste extra
para compensar a queda no seu
faturamento devido ao racionamento e pelos gastos com medidas administrativas de implantação do plano.
Parte dessa conta já vai para os
clientes que pagarão o tarifaço
anunciado ontem pelo governo
federal. Segundo o "ministro do
apagão", Pedro Parente, 2% do
que for arrecadado com a multa
-tarifa de ultrapassagem, segundo o governo-, vai para os gastos
administrativos das distribuidoras de energia.
Mas além desses gastos, as concessionárias vão querer ressarcimento pelo que deixarão de vender a eletricidade.
A estimativa antes do anúncio
do plano era de uma queda de pelo menos 20% no faturamento
das empresas devido ao corte de
20% no consumo.
Esse percentual poderá ser
maior, pois os maiores cortes de
energia vão atingir os consumidores mais ricos, que pagam tarifas
mais caras. Quem consume até
100 kWh/mês recebe subsídio do
governo.
Há duas possibilidades para as
distribuidoras pedirem o aumento extra da tarifa: durante o reajuste anual de tarifa ou por meio
de um pedido de revisão excepcional.
Esse último pode ser feito sempre que a concessionária se sentir
prejudicada. Cabe à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
autorizar ou não o reajuste.
De acordo com o Procon, a sobretaxa de até 200% na conta de
luz fere o Código de Defesa do
Consumidor.
Sebrae
O Sebrae (Serviço de Apoio à
Micro e Pequena Empresa) de São
Paulo lançou um programa para
orientar os pequenos empresários
a enfrentar a crise de energia e evitar, ou diminuir, prejuízos.
Entre as propostas do Sebrae está, para as empresas que usam sistemas informatizados de emissão
de notas fiscais, ter sempre por
perto boletos para emiti-las manualmente e, assim, evitar perder
negócios.
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