|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
A ÁGUIA POUSOU
Esperava-se queda, devido à desaceleração
Déficit comercial dos EUA bate novo recorde e atinge US$ 31,2 bi
DA REDAÇÃO
O déficit comercial dos Estados
Unidos -diferença entre as importações e exportações do
país- aumentou para o recorde
de US$ 31,2 bilhões em março,
contra US$ 26,9 bilhões (revisado) registrado em fevereiro. Os
dados foram divulgados ontem
pelo Departamento do Comércio
norte-americano.
O déficit em março teve a sua
maior alta mensal desde 1992 e é o
maior desde janeiro deste ano,
quando atingiu US$ 33,3 bilhões.
O rombo comercial norte-americano também ficou acima da expectativa dos analistas, de US$
29,2 bilhões.
O resultado em março ocorreu
com a queda das exportações de
aeronaves e outros produtos manufaturados e o aumento das importações de itens como brinquedos, roupas e televisores.
As importações subiram 2,9%,
para US$ 120,64 bilhões, e as exportações recuaram 1%, para US$
89,46 bilhões.
Muitos analistas apostavam que
o déficit seria menor neste ano devido à desaceleração da economia
norte-americana, que cortaria a
demanda dos consumidores por
produtos estrangeiros.
Os dados da balança comercial
de março, no entanto, colocam
essa análise em questão.
O déficit comercial dos Estados
Unidos é um obstáculo para os esforços do presidente George W.
Bush para vencer a resistência do
Congresso norte-americano.
Ele quer que lhe seja concedida
a autoridade para negociar um
acordo de livre comércio com todos as nações democráticas do
Hemisfério Ocidental.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos quer iniciar uma
nova ronda de discussões comerciais globais.
O governo dos EUA sustenta
que as companhias do país não
têm outra opção a não ser competir na economia global. Críticos da
idéia, no entanto, dizem que a eliminação de barreiras comerciais
coloca os trabalhadores norte-americanos em uma competição
desleal com os países que pagam
baixos salários. Para mostrar sua
tese, os críticos apontam os dados
de 2000 da balança comercial, que
registrou déficit recorde de US$
368,9 bilhões -39% acima do resultado de 1999.
Japão e México
O déficit norte-americano subiu
para recordes em março com o Japão e o México, de US$ 6,2 bilhões
e US$ 2,8 bilhões, respectivamente. Com a China, o déficit subiu
13,1%, para US$ 5,7 bilhões. Também aumentou, de forma considerável, com a União Européia.
No primeiro trimestre deste
ano, o déficit atingiu US$ 91,28 bilhões, comparado com US$ 85,26
bilhões no mesmo período do ano
passado.
Superávit fiscal
Ontem também foi divulgado
que os EUA tiveram superávit fiscal recorde em abril.
No mês passado, a arrecadação
de impostos no país foi de US$
189,8 bilhões, contra US$ 159,5 bilhões no mesmo período de 2000.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Vizinho em crise: Argentina avança na megatroca de títulos Próximo Texto: Banco do Japão mantém taxa de juros zero Índice
|