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Bolívia volta a gerar polêmica por causa do gás de Cuiabá
DO ENVIADO A PORTO NACIONAL (TO)
Quando parecia que as relações entre Brasil e Bolívia se
acalmavam, após acordo em
torno das refinarias da Petrobras, o fornecimento de gás para Cuiabá voltou a colocar os
dois países em conflito.
Autoridades do governo brasileiro afirmam estar preocupadas com as negociações, que
se arrastam desde o mês passado. O governo de Evo Morales
não quer se comprometer a
manter o volume de gás para
Cuiabá, de cerca de 2,2 milhões
de metros cúbicos diários, mesmo depois de o preço ter subido
de US$ 1,19 por milhão BTU
(medida de energia) -valor
bem abaixo do mercado- para
US$ 4,20.
Na época do acordo, uma das
justificativas para o aumento
de mais de 250% era uma estabilização das relações entre o
Brasil e a Bolívia.
O fornecimento para Cuiabá
é por um ramal independente
do gasoduto Brasil-Bolívia
-que fornece gás para o centro-sul do país, num volume
médio de 26 milhões de metros
cúbicos por dia.
No caso de Cuiabá, a maior
parte do gás vai para a Pantanal
Energia, uma empresa particular, dona de uma termelétrica
que gera energia e vende para a
estatal Furnas. Segundo uma
autoridade brasileira, está havendo uma "dificuldade em garantir o volume", o que pode
prejudicar a usina.
Integrante da comitiva do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva a Porto Nacional (TO), para a inauguração de uma fábrica de biodiesel, o ministro de
Minas e Energia, Silas Rondeau, não quis comentar o caso.
"Vocês só me fazem pergunta
difícil", brincou o ministro.
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