São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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Bolívia volta a gerar polêmica por causa do gás de Cuiabá

DO ENVIADO A PORTO NACIONAL (TO)

Quando parecia que as relações entre Brasil e Bolívia se acalmavam, após acordo em torno das refinarias da Petrobras, o fornecimento de gás para Cuiabá voltou a colocar os dois países em conflito.
Autoridades do governo brasileiro afirmam estar preocupadas com as negociações, que se arrastam desde o mês passado. O governo de Evo Morales não quer se comprometer a manter o volume de gás para Cuiabá, de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos diários, mesmo depois de o preço ter subido de US$ 1,19 por milhão BTU (medida de energia) -valor bem abaixo do mercado- para US$ 4,20.
Na época do acordo, uma das justificativas para o aumento de mais de 250% era uma estabilização das relações entre o Brasil e a Bolívia.
O fornecimento para Cuiabá é por um ramal independente do gasoduto Brasil-Bolívia -que fornece gás para o centro-sul do país, num volume médio de 26 milhões de metros cúbicos por dia.
No caso de Cuiabá, a maior parte do gás vai para a Pantanal Energia, uma empresa particular, dona de uma termelétrica que gera energia e vende para a estatal Furnas. Segundo uma autoridade brasileira, está havendo uma "dificuldade em garantir o volume", o que pode prejudicar a usina.
Integrante da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Porto Nacional (TO), para a inauguração de uma fábrica de biodiesel, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, não quis comentar o caso. "Vocês só me fazem pergunta difícil", brincou o ministro.


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