São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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Lula manda Receita parar obra do "muro do Paraguai"

Construção teria objetivo de impedir ação de sacoleiros

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em entrevista publicada ontem em jornais paraguaios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter tomado a decisão de mandar parar as obras para a construção de um muro próximo à Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. A obra tinha sido idealizada numa tentativa de inibir a ação de sacoleiros.
"Eu não sei o que ela [a Receita Federal] vai fazer, mas muro não vai ter. Foi uma decisão de governo. Muro, chega o de Berlim, chega o do México, agora, com os Estados Unidos, chega o da Faixa de Gaza. Nós não queremos muro", afirmou o presidente aos jornalistas paraguaios.
O muro tinha por objetivo impedir que os contrabandistas arremessassem mercadorias do alto da ponte para as margens brasileiras do rio Paraná, escondendo-as dos agentes fiscais.
Em março, o delegado da Receita em Foz do Iguaçu, Gilberto Tragancin, disse que a construção de muros na região serviria para liberar fiscais e agentes federais, que hoje precisam patrulhar a ponte para inibir a ação dos sacoleiros. A Receita previa que até o final de julho os muros estivessem prontos.
"Nós resolvemos fazer com que o Imposto de Renda seja o mesmo para os caminhoneiros brasileiros e os transportadores paraguaios", também afirmou Lula, que estará amanhã e segunda-feira em visita oficial ao Paraguai.
A assessoria de imprensa da Receita Federal disse ontem à Folha que não comentaria as declarações do presidente.
(LETÍCIA SANDER)


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