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São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Volume negociado superou R$ 1,28 bilhão; alta da Bovespa acumulada no ano ainda é de 19,9%

Em dia movimentado, Bolsa perde 1,93%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa encerrou o pregão de ontem com desvalorização de 1,93%. O corte de meio ponto percentual na taxa básica de juros não foi suficiente para motivar os investidores, que preferiram se desfazer das ações.
O pregão foi movimentado. O volume negociado ontem na Bolsa praticamente dobrou em relação ao dia anterior, ficando em R$ 1,282 bilhão.
"Muitos investidores operaram mais preocupados com o próximo vencimento de contratos futuros do Ibovespa. Por isso, aproveitaram para vender ações com peso para influenciar o sobe-e-desce do índice", afirmou Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner.
Quem mais sofreu foi o papel ON (com direito a voto) da Embratel Participações, que fechou com desvalorização de 8,1%. As ações preferenciais da empresa caíram 4,9%.
Com a alta no preço do dólar ontem, as ações de exportadoras acabaram encontrando espaço para subir. O papel PNA da Vale do Rio Doce fechou com valorização de 1,35%.
Das dez ações mais negociadas no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo de ontem, apenas o papel PNA da Vale fechou com alta.
Para o investidor que apostou na Bolsa no início do ano, o resultado ainda é bastante satisfatório. O Ibovespa (principal índice do mercado acionário paulista) acumula ganho de 19,9% no ano.
"O mercado já estava pronto para começar a realizar os lucros acumulados nos últimos meses. Não há nada de excepcional na queda da Bolsa de hoje [ontem]", afirma das Neves.

Juros
Os juros futuros recuaram mais um pouco, mesmo com o corte de apenas meio ponto percentual da taxa básica.
No contrato DI -que considera as operações entre bancos- com vencimento em julho, os juros recuaram de 25,84% para 25,76% ao ano. Nos próximos dias, as taxas dos contratos futuros devem sofrer ajustes na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) em resposta ao novo nível da Selic (26% anuais).
Até o fim do ano, o mercado futuro projeta que o Copom seguirá cortando os juros. O contrato DI com prazo em janeiro de 2004 fechou com taxa de 23,28% ao ano.
(FABRICIO VIEIRA)


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