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MERCADO FINANCEIRO
Volume negociado superou R$ 1,28 bilhão; alta da Bovespa acumulada no ano ainda é de 19,9%
Em dia movimentado, Bolsa perde 1,93%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa encerrou o pregão
de ontem com desvalorização de
1,93%. O corte de meio ponto percentual na taxa básica de juros
não foi suficiente para motivar os
investidores, que preferiram se
desfazer das ações.
O pregão foi movimentado. O
volume negociado ontem na Bolsa praticamente dobrou em relação ao dia anterior, ficando em R$
1,282 bilhão.
"Muitos investidores operaram
mais preocupados com o próximo vencimento de contratos futuros do Ibovespa. Por isso, aproveitaram para vender ações com
peso para influenciar o sobe-e-desce do índice", afirmou Luiz
Antonio Vaz das Neves, diretor
da corretora Planner.
Quem mais sofreu foi o papel
ON (com direito a voto) da Embratel Participações, que fechou
com desvalorização de 8,1%. As
ações preferenciais da empresa
caíram 4,9%.
Com a alta no preço do dólar
ontem, as ações de exportadoras
acabaram encontrando espaço
para subir. O papel PNA da Vale
do Rio Doce fechou com valorização de 1,35%.
Das dez ações mais negociadas
no pregão da Bolsa de Valores de
São Paulo de ontem, apenas o papel PNA da Vale fechou com alta.
Para o investidor que apostou
na Bolsa no início do ano, o resultado ainda é bastante satisfatório.
O Ibovespa (principal índice do
mercado acionário paulista) acumula ganho de 19,9% no ano.
"O mercado já estava pronto
para começar a realizar os lucros
acumulados nos últimos meses.
Não há nada de excepcional na
queda da Bolsa de hoje [ontem]",
afirma das Neves.
Juros
Os juros futuros recuaram mais
um pouco, mesmo com o corte de
apenas meio ponto percentual da
taxa básica.
No contrato DI -que considera as operações entre bancos-
com vencimento em julho, os juros recuaram de 25,84% para
25,76% ao ano. Nos próximos
dias, as taxas dos contratos futuros devem sofrer ajustes na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros) em resposta ao novo nível da Selic (26% anuais).
Até o fim do ano, o mercado futuro projeta que o Copom seguirá
cortando os juros. O contrato DI
com prazo em janeiro de 2004 fechou com taxa de 23,28% ao ano.
(FABRICIO VIEIRA)
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