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Argentina ainda não vai receber ajuda, diz Fundo
DE BUENOS AIRES
O porta-voz do FMI (Fundo
Monetário Internacional), Thomas Dawson, disse ontem que a
Argentina ainda precisa atender a
diversas exigências antes de receber mais ajuda internacional.
Segundo Dawson, o país deve
estabelecer uma política monetária que fixe um teto para a emissão de pesos e evite o retorno da
hiperinflação. Além disso, ele
também cobrou reformas para
normalizar o sistema bancário,
que tem perdido depósitos desde
a decretação das restrições para
saque em dezembro.
Já o secretário do Tesouro dos
Estados Unidos, Paul O'Neill, tentou, também ontem, reduzir as
expectativas positivas criadas pelo anúncio de sua viagem à Argentina no final deste mês.
Em Washington, O'Neill disse
que a visita não significa que haverá uma breve ajuda financeira
como se especula no país vizinho.
"(A viagem) não será distinta das
que tenho feito a outras zonas
com problemas econômicos".
O secretário esteve nas últimas
semanas em países pobres da
África e da ex-União Soviética
com o objetivo de "aprender, escutar, compreender a situação em
que estão, o que é que está mal".
O subsecretário de Estado para
América Latina dos EUA, Otto
Reich, entretanto, prometeu à Argentina ajuda após o fechamento
do acordo com o FMI. Segundo
ele, o país será recompensado
"não apenas com apoio político,
mas também com recursos financeiros e benefícios comerciais".
Salários
O governo argentino publicou no Diário Oficial ontem um decreto que pode não agradar ao FMI -por aumentar o gasto público- mas deve ajudar o presidente Eduardo Duhalde a conter a tensão social.
O decreto estabelece um aumento de 50 pesos para o piso das
aposentadorias, que agora será de
200 pesos. A medida vai beneficiar a 700 mil aposentados.
Outro decreto oficializado ontem prevê um aumento de 100 pesos para todos os trabalhadores do setor privado a partir de agosto. O reajuste não valerá para os
servidores públicos. (JS)
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