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Mercosul e UE podem fechar acordo parcial
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As negociações entre o Mercosul e a União Européia poderão
resultar em um acordo de preferências tarifárias que inclua entre
40% e 50% do comércio entre os
dois blocos, segundo afirmou ontem o ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral.
Segundo Amaral, o governo
brasileiro optou por uma negociação mais realista, mas que produza resultados. A diferença entre
um acordo de preferência tarifárias e uma área de livre comércio é
que o primeiro modelo prevê apenas a redução das tarifas para um
grupo de produtos selecionados.
Na área de livre comércio é estabelecida a redução das tarifas de
todos os produtos até chegar a zero, além da liberalização do comércio de serviços, para investimentos e compras realizadas pelos governos.
Lançadas em 1995 com o objetivo de estabelecer uma área de livre comércio entre os dois blocos,
as negociações começaram a encontrar dificuldades no ano passado, depois que os dois blocos
trocaram suas ofertas, ou seja, a
lista com os produtos para os
quais estão dispostos a reduzir o
Imposto de Importação.
Os europeus excluíram de sua
oferta os produtos agrícolas de
maior interesse para as exportações brasileiras.
O Mercosul, por sua vez, ofereceu redução tarifária para apenas
30% do universo de produtos importados dos países europeus.
Na semana passada, uma proposta dos europeus piorou o clima. A UE quer dividir as negociações em duas fases. Em um primeiro momento, seriam discutidas as regras de comércio e depois
iniciadas as negociações sobre redução de tarifas.
A proposta desagradou ao governo brasileiro porque tornaria o
processo muito lento, já que o
Mercosul ainda não tem regras
comuns.
Interessada em proteger seu
mercado agrícola, que recebe pesados subsídios do governo, a UE
quer adiar a negociação desse
item com o Mercosul até que sejam concluídas as discussões
multilaterais na OMC (Organização Mundial do Comércio).
(CLÁUDIA DIANNI)
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