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NEGÓCIO
Para analista, ação da CSN estaria 50% mais barata
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações da CSN (Companhia
Siderúrgica Nacional) estão cotadas hoje a um preço cerca de 50%
menor do que efetivamente deveriam valer, caso a fusão da empresa com a anglo-holandesa Corus
já estivesse concretizada.
A avaliação foi feita ontem à
noite por um analista de mercado,
após reunião de emergência entre
investidores e consultores financeiros e o presidente do conselho
da CSN, Benjamin Steinbruch. A
Folha esteve no encontro, que
ocorreu na sede da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Para o analista, se for levado em
conta o valor de mercado de US$
5 bilhões estimado hoje para a
CSN/Corus, além da participação
acionária de 37,6% que a CSN terá
na fusão, os preços dos papéis da
empresa brasileira valem atualmente a metade do que deveriam
estar cotados. Hoje, a proporção é
de uma ação da CSN para 26,22 da
Corus. "Concordo com esse cálculo", disse Steinbruch sobre a
proporção.
As ações da CSN, portanto, tenderiam a manter a alta nos próximos dias. Entre quarta-feira passada, data do anúncio da fusão
CSN/Corus, e ontem, os preços
das ações da siderúrgica brasileira
valorizaram 17,9%.
Steinbruch e diretores da CSN
convocaram a reunião na Bovespa para esclarecer dúvidas que investidores e analistas tinham sobre a fusão. A principal era sobre a
futura empresa que substituirá a
CSN para concretizar a fusão. O
nome divulgado a princípio era
CSN HoldCo, mas ele não será
mais usado. "Foi um erro. A denominação será outra".
A mudança ocorrerá porque
uma holding é considerada por
analistas como uma companhia
voltada para especulações de vende e compra de empresas. Steinbruch disse ainda que no futuro
quer que os acionistas da CSN sejam proprietários diretos de ações
da CSN/Corus, o que daria acesso
aos dividendos da empresa.
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