DA REPORTAGEM LOCAL

Diante dos indicadores que apontam queda da inflação, a previsão é que a taxa básica de juros- a ser anunciada na próxima semana pelo Copom (Comitê de Política Monetária)- acompanhe essa tendência.
A afirmação parte do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho. "O risco da inflação foi debelado. Há espaço para taxas de juros menores e essa queda deve acontecer de forma gradual. A queda dos juros é necessária para o crescimento. A perspectiva é de termos cortes mais expressivos a médio e longo prazos", afirmou ontem Palocci, durante o 4º Congresso do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.
Apesar de expressar otimismo com a conjuntura econômica, o ministro declarou que ainda é cedo para afrouxar a rigidez fiscal. "Ainda são necessários ajustes, sobretudo no que diz respeito à relação entre dívida pública e PIB [Produto Interno Bruto]", disse.
Para o ministro, porém, essa atmosfera de austeridade não impede que o governo comece a implementar políticas de crescimento e de investimentos.
Questionado pela platéia -formada por cerca 700 sindicalistas- sobre quais seriam as medidas concretas para promover o "espetáculo do crescimento", Palocci se limitou a dizer que o governo pretende investir fortemente "nas pessoas" e em infra-estrutura, sem, contudo, mencionar de onde viriam os recursos.
O ministro afirmou ainda que nas próximas semanas o governo vai anunciar uma lei para empréstimos vinculados a categorias e a empresas. Uma das diretrizes do pacote estabelecerá que os bancos privados possam vincular o pagamento de empréstimos diretamente à folha de pagamentos.


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